Uma família americana foi proibida de embarcar com oito sacos de leite materno em um voo da American Airlines com saída de Boston, Massachusetts, para Phoenix, no Arizona. A aérea informou que para despachar a embalagem térmica com o leite seria necessário o pagamento de uma taxa de 150 dólares (cerca de 493 reais).
Em entrevista para o canal ABC, a passageira Sara Salow diz que tentou embarcar com quatro itens: um carrinho de bebê, uma sacola de fraldas, uma mochila e um pequeno cooler. Mas a passagem que havia adquirido, da classe econômica, permitia que cada adulto entrasse no avião com um item pessoal.
“Nós fomos fazer o check-in e a mulher disse ‘você tem muitas malas'”, explicou Sara. “E eu respondi ‘isso é uma sacola de fraldas, que eu achei que seria isenta; aquela mochila é um item pessoal do meu marido e nós temos esse cooler [que também é isento]. Eu não tenho um item pessoal”.
A American Airlines disponibiliza na internet uma lista de itens que podem ser embarcados sem taxa adicional, entre eles: sacolas de fraldas (uma por criança), coolers com leite materno, assentos de segurança infantil, carrinhos de criança e dispositivos médicos ou de mobilidade.
Para a ABC, Sara ainda contou que conseguiu embarcar com o carrinho de bebê, mas os funcionários da companhia aérea informaram que precisaria desembolsar mais 150 dólares (493 reais) para levar o leite materno.
“Estávamos bastante irritados. Imediatamente comecei a chorar”, disse a passageira. “Foi humilhante, eles continuaram nos dizendo que a razão pela cobrança era porque compramos passagens da classe econômica, foi realmente degradante”.
Alguns passageiros ofereceram ajuda à família para embarcar o cooler como se fosse um item pessoal deles, mas a companhia área refutou a ideia.
Sem opções, conforme Sara contou ao canal ABC, eles preferiram deixar o cooler de 50 dólares (cerca de 164 reais) para trás e não pagar a taxa adicional.
Procurada por VEJA, a companhia aérea reconheceu o erro. “A American Airlines informa que está em contato com a cliente e também com os membros da equipe que prestaram o atendimento, com o objetivo de entender melhor o ocorrido. A cliente deveria ter sido autorizada a voar com o leite materno. A empresa se desculpa pelo procedimento, que está fora de sua política de atendimento aos clientes. A companhia esclarece que toda a sua equipe foi reorientada (haja vista que a política da American já autoriza o transporte de leite materno por passageiros), sobre este caso específico, para garantir que situações como esta não voltem a ocorrer”.