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Aeroportos ampliam receita publicitária

Pontos comerciais e espaços de propaganda deixam de ser encarados como receita secundária

Por Da Redação
17 set 2013, 09h23
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  • Quem passar pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, nos próximos dias, vai encontrar uma retroescavadeira no saguão de passageiros e, fora do terminal, as obras de um restaurante, com lanchonete e café, a preços populares. A máquina, peça de uma campanha publicitária de uma das gigantes mundiais do setor, a chinesa LiuGong, e o novo restaurante fazem parte do novo perfil de negócios nos terminais aeroportuários brasileiros, assumidos pela iniciativa privada em 2012.

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    Pontos comerciais e espaços de propaganda deixam de ser encarados como receita secundária, com a administração privada. Em Viracopos, um dos quatro aeroportos leiloados pelo governo federal, 12,7% das receitas resultam da venda de espaços publicitários e de locação de pontos de comércio. O movimento de cargas responde por 65% do faturamento e as operações aeronáuticas (tarifas de passageiros, pousos e decolagens), por 22,3%.

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    “Estimamos que vamos equalizar essas fontes de receita até 2020”, diz o diretor comercial da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, Aloizio Margarido. Viracopos tem movimento estimado de 390 milhões de reais para 2013. Enquanto na Europa as operações aeroportuárias comerciais representam 49% da receita total (contra 51% das arrecadações aeronáuticas), no Brasil 27% do arrecadado nos aeroportos resultam de lojas e espaços de propaganda. O restante vem dos voos de cargas e do movimento de passageiros.

    “Em um curto prazo, alguns aeroportos vão até superar as receitas com publicidade e comércio em relação às de tarifas”, aposta Júlio Cesar Giovannetti Netto, sócio da Via Mais. A empresa, especializada em mídia aeroportuária, assumiu um contrato de oito anos para comercialização integral dos espaços de publicidade em Viracopos e já administra a área dos terminais de Brasília e Natal.

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    O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Respício Espírito Santo, especialista em transporte aéreo, afirma que o aumento de receitas com comércio e publicidade é comum nos maiores terminais do mundo e independe da administração ser privada ou estatal. “Há casos como o aeroporto de São Francisco, nos Estados Unidos, cuja administração não é privada, e o porcentual de receitas não aeronáuticas é de 60%'”, afirma.

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    Com movimento de 25.000 passageiros por dia e mais de 10.000 trabalhadores, o aeroporto de Campinas é considerado um ponto estratégico para negócios – também por causa da Copa do Mundo de 2014. Viracopos passa por uma transformação que vai elevar sua capacidade de receber 9 milhões de passageiros ao ano para 14 milhões. O novo terminal terá 79 pontos comerciais (55% de alimentação e 45% de lojas), que estão em processo de concorrência. “A configuração do novo terminal será feita nos moldes internacionais, com uma concentração de lojas na área de trânsito dos passageiros, após o raio X”, explica Margarido.

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    A campanha com a retroescavadeira da empresa chinesa LiuGong faz parte desse mercado. “São anúncios de impacto inusitado no Brasil, que combinam várias mídias em espaços amplos e exclusivos, recursos multissensoriais e painéis sequenciais que contam histórias e sensibilizam os passageiros”, diz o executivo da Via Mais.

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    Nos aeroportos, carrinhos de malas, circuito interno de televisão, folders, banners, faixas, corredores, vitrines, tudo pode servir como ponto de publicidade. Sem ter como prioridade as vendas comerciais, a Infraero faturou 1,3 bilhão de reais com esses negócios em 2012, com 5.000 contratos em 63 aeroportos.

    (Com Conteúdo Estado)

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