Acionistas da Companhia Paranaense de Energia (Copel) aprovaram nesta sexta-feira, em assembleia geral extraordinária (AGE), a antecipação da prorrogação dos ativos de transmissão da empresa. Por outro lado, rejeitaram a proposta de antecipação da prorrogação das centrais geradoras.
Segundo comunicado da empresa, as decisões levaram em conta a capacidade de geração de caixa e a dimensão estratégica desses ativos, “preservando ao máximo o valor da empresa em ambos os casos”. A não prorrogação das concessões de geração, disse a Copel, fundamenta-se na agregação de valor que o contrato atual representa, quando considerada a capacidade de geração de fluxos de caixa.
No caso do contrato de concessão de transmissão, a decisão teve como objetivo a perenidade do negócio de transmissão da Copel, “porque dilui custos operacionais e permite reter o valioso conhecimento acumulado em transmissão ao longo dos anos”, afirmou a empresa.
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De acordo com a Copel, a decisão considerou ainda a alteração promovida pela MP 591, de 29 de novembro de 2012, que autorizou o pagamento de indenização adicional relativa aos ativos da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) constituídos antes de maio de 2000 e ainda não depreciados. “Considerando-se os termos da MP 591, a companhia estima receber indenização complementar que, calculada de acordo com as regras do IFRS, refletiam aproximadamente 180 milhões de reais em 30 de setembro de 2012.”
A administração da Copel disse ainda entender como prioritária a implantação de um minucioso programa de otimização de custos, com o intuito de mitigar os impactos da MP 579 sobre a expectativa de geração de caixa das concessões de energia elétrica outorgadas à companhia.
Pouco impacto – Depois de dizer que a não renovação anunciada pela Celesc teria impacto mínimo, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também avaliou que as usinas da Copel não têm grande peso no pacote. O conselho de administração da companhia paranaense recomendou aos acionistas nesta sexta-feira apenas a renovação de parte de transmissão. “O grosso da renovação de contratos corresponde às usinas do Grupo Eletrobras, por isso a desistência de algumas empresas não compromete o desconto de 20% nas contas de luz a partir de 2013. Temos margem.”
(com Estadão Conteúdo)