Disney, Fox e Warner Bros Discovery informaram nesta terça-feira, 6, a criação em conjunto de uma nova plataforma de streaming para transmissões esportivas ainda para este ano. O objetivo, segundo o comunicado, é de tentar conquistar um público mais jovem e baixar os custos.
Além disso, o serviço seria disponibilizado por meio de um novo aplicativo, com uma marca independente e uma equipe de gestão distinta das que essas empresas já possuem. “A estratégia de empacotar e vender em conjunto parece fazer sentido e por coincidência lembra o modelo tradicional da tv por assinatura que se paga uma mensalidade para ter acesso a programação de diferentes canais”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.
Este novo streaming passaria a ter os canais ESPN e ABC, da Disney, Fox e canais da Warner, incluindo TNT e TBS, e também deve incluir alguns dos programas mais vistos dos esportes nos Estados Unidos, como o Monday Night Football, da NFL.
Ainda sem data prevista, o lançamento deve acontecer apenas para o último trimestre deste ano, representando aquilo que seria a ‘Netflix do esporte’. Juntas, por exemplo, elas já detém os direitos televisivos de eventos como a Fórmula 1, Copa do Mundo de futebol de 2026, dos principais torneios de tênis e golfe, além de campeonatos americanos.
Para Renê Salviano, especialista em marketing esportivo, o atual cenário é positivo, mas também desafiador. “A praticidade dessa forma de consumir conteúdo ganhou o público, porém, ainda há um desafio em relação ao equilíbrio entre investimento e receita, principalmente quando se trata das formas de fazer publicidade dentro dessas plataformas”.
Além disso, o objetivo do trio é concorrer diretamente com grandes conglomerados, que nos últimos anos passaram a investir mais fortemente em esportes, casos de Amazon, Apple, Comcast e a Paramount. “O streaming oferece aos espectadores não apenas flexibilidade, mas também a chance de se aprofundar mais na narrativa esportiva, nas estatísticas e nos bastidores das competições”, conta Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da consultoria Wolff Sports.
VEJA Mercado
A quarta queda consecutiva do dólar e entrevista com Davi LelisAs bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta terça-feira, 17. O mercado estaria exagerando demais nas suas previsões para Brasil e Estados Unidos? A pergunta vem à tona diante de uma iminente Super Quarta em que os bancos centrais dos dois países devem tomar rumos diferentes. No Brasil, é esperado um aumento na taxa Selic e o Boletim Focus prevê um avanço de quase 1 ponto percentual somente neste ano. Já nos EUA, a expectativa é por um corte — de até 0,5 ponto percentual de uma só vez, segundo os mais otimistas. A estrategista-chefe da BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, Wei Li, afirmou em entrevista à Bloomberg que o mercado está muito otimista e que o ciclo de cortes de juros nos EUA não deve ser tão longo como o projetado. Já no Brasil, os economistas estão divididos em relação à necessidade de reajustes na Selic. O fato é que, no meio disso tudo, o Ibovespa tem negociado em alta e o dólar engatou sua quarta sessão consecutiva em baixa, cotado a 5,51 reais. Diego Gimenes entrevista Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.
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