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A inflação e a pressão da Faria Lima pelo aumento da Selic

Abertura de mercado: Repique de preços tem elevado a cobrança para subir os juros, na contramão do que países desenvolvidos devem fazer daqui para frente

Por Tássia Kastner
10 set 2024, 08h10
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  • Economia - Consumo - Inflação - produtos - Pib
    Aposta do mercado é em uma desaceleração da inflação em agosto (Reinaldo Canato/VEJA.com)

    O IBGE divulga logo mais, às 9h, o IPCA de agosto sob a sombra da alta da Selic já na reunião do Copom da próxima semana. Estimativas coletadas pelo Broadcast apontam que a inflação deve ter fechado agosto em 0,02%, uma desaceleração importante ante os 0,38% de julho.

    Acontece que, no acumulado em doze meses até julho, o indicador está em 4,50%, o teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central.

    Esse repique recente de preços tem elevado a pressão do mercado financeiro sobre o Banco Central, com intensa cobrança para que a taxa de juros volte a subir dos já salgados 10,50% ao ano, e na contramão do que países desenvolvidos devem fazer daqui para frente.
    As apostas colhidas pelo BC no Boletim Focus indicam que a inflação deve fechar o ano em 4,30%, com uma subida de 0,75 ponto percentual na Selic. Isso equivale a três aumentos de 0,25 p.p., um para cada reunião que ocorrerá daqui até o fim de 2024.

    É o que defende, por exemplo, Fabio Kanczuk, diretor de macroeconomia do ASA e ex-diretor do BC, nesta entrevista a VEJA. Ele estima que a Selic deve voltar a 12% ao ano em 2025.

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    Tem uma cilada nessa história. Altas e baixas na taxa de juros chegam com delay estimado de pelo menos seis meses no custo do empréstimo, o principal canal de transmissão da política monetária.

    Para o próximo ano, o Boletim Focus prevê a inflação em 3,92%, com Selic em 10,25%. É acima do que se esperava há um mês, mas ainda abaixo do que se prevê para 2024. É como se o BC fosse subir os juros, mas por tão pouco tempo que não seria o suficiente para fazer efeito. São sinais contraditórios, que tendem a ocorrer em períodos de muita especulação.

    O EWZ, o fundo que representa a bolsa brasileira em Nova York, amanhece em queda sólida de 0,85%, apontando um dia negativo para o Ibovespa. A tendência vem, mais uma vez, de fora. Os futuros das bolsas americanas abrem em baixa, enquanto as bolsas europeias operam sem direção única. O petróleo volta a cair mais de 1% e é negociado ao redor dos US$ 70 por barril.

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    Permanece entre investidores o receio de que haverá redução da demanda pelo combustível, caso a economia global desacelere. Para além das dúvidas com os EUA, há a China. Nesta madrugada, o país mostrou um crescimento de 8,7% nas exportações, acima dos 7% esperados pelo mercado. Por outro lado, as importações avançaram apenas 0,5%, bem abaixo do 1,9% projetado. Esse é um sinal de que a economia asiática continua a ter um desempenho mais fraco, o que pode gerar um efeito-cascata sobre outros países.

    Agenda do dia

    9h: IBGE publica IPCA de agosto
    22h: Candidatos à presidência dos EUA, Kamala Harris e Donald Trump, participam de debate
    Câmara deve votar desoneração e dívida dos Estados no plenário
    Áustria: Opep divulga relatório mensal

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