A França, cuja qualificação máxima ‘AAA’ de dívida soberana está ameaçada de revisão por parte das agências de classificação de risco, já é tratada como um país ‘triplo B’, assegurou o economista-chefe para a Europa da Standard & Poor’s (S&P), Jean-Michel Six.
“Apesar de seu triplo A, os investidores hoje tratam a França como se tivesse uma qualificação triplo B”, declarou nesta sexta-feira no diário Le Parisien o economista, antecipando que a eventual vitória da esquerda nas eleições presidenciais deste ano não influirá decisivamente na avaliação do país.
Tanto Six como Carol Sirou, presidente da S&P France, evitam no diário adiantar se a agência irá rebaixar a qualificação da França, mas advertem que não é só este país que está sob vigilância, e sim todas as 17 nações da zona do euro.
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Sirou qualifica de ‘ilusões’ os comentários dos que consideram que, caso seja rebaixada a qualificação da França, isso poderia ser identificado como o resultado de um ‘complô americano’ ou como uma ‘sabotagem europeia’. Six, por sua parte, lembra que não existe uma relação automática entre a qualificação de um país e as taxas de juros reivindicadas pelos investidores para sua dívida soberana.
(com Agência EFE)