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Weinstein contratou detetives para investigar vítimas após abusos

Produtor de Hollywood era cercado por esquema que envolvia agências de inteligência e atos de intimidação

Por Da redação
Atualizado em 7 nov 2017, 18h11 - Publicado em 7 nov 2017, 16h35
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  • Acusado de assédio sexual por mais de cinquenta mulheres, o produtor Harvey Weinstein estava blindado por um esquema digno de filme hollywoodiano para silenciar as acusações de abuso ao longo das últimas décadas. Segundo reportagem da revista The New Yorker, Weinstein contratou agências de segurança e até uma organização de inteligência israelita, a Black Cube, para acompanhar suas vítimas e jornalistas, com o intuito de impedir que qualquer história viesse a público.

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    Rose McGowan e Asia Argento, duas atrizes que acusam Weinstein de estupro, eram o principal alvo da rede de segurança do produtor. Segundo a matéria, os detetives tinham como missão investigar e acompanhar passo a passo as mulheres, plantando histórias que denegrissem sua imagem em meios de comunicação. Eles também reuniam o máximo de informações para um dossiê psicológico e de suas vidas sexuais, para rebatê-las, caso elas divulgassem os episódios de assédio.

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    As mulheres também recebiam constantes ligações da equipe de Weinstein, em tom ameaçador, e chegaram a ser interrogadas por agentes disfarçados de advogados que mentiam, dizendo que lutavam pelos direitos das mulheres. Rose, por exemplo, teria sido gravada em quatro ocasiões com uma falsa advogada que, na verdade, era uma ex-oficial do Exército de Israel que trabalhava para a Black Cube.

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    “Todos mentiam para mim. Eu me sentia em uma aterrorizante casa de espelhos”, diz Rose, que afirma ter ficado paranoica com as investigações.

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    A reportagem ainda alega que Weinstein mantinha um contato próximo com donos de meios de comunicação, negando veementemente todas as acusações que ele descobria chegar aos jornalistas, e plantando histórias contra suas vítimas.

    Um porta-voz de Weinstein negou a reportagem, dizendo que não passa de “ficção”. Já um ex-advogado do produtor confirmou que chegou a mediar pagamentos entre o empresário e a Black Cube e a agência de segurança e investigação Kroll.

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