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Vargas Llosa: Escrever para tablets banalizará a literatura

Escritor peruano disse temer que o suporte afete as obras literárias e repita a televisão, considerada por ele incapaz de transmitir grandes ideias e grande arte

Por Da Redação
9 Maio 2012, 23h11
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  • O escritor peruano Mario Vargas Llosa, de 76 anos, declarou nesta quarta-feira que a literatura criada “diretamente para os tablets” pagará o mesmo preço que a televisão, pois se banalizará e cairá na frivolidade. “É um temor, tomara que não aconteça”, disse o Prêmio Nobel de Literatura de 2010 em discurso comemorativo dos 300 anos da Biblioteca Nacional da Espanha.

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    Vargas Llosa debateu a questão com o jornalista espanhol Sergio Vila-Sanjuán. Entre outros temas, o escritor mencionou sua paixão pela leitura desde criança, o nascimento de sua vocação literária, seu amor pelas bibliotecas e seu temor de que os aparelhos eletrônicos afetem o conteúdo da escrita.

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    Ao contrário do que dizem “com tanta certeza os defensores do livro eletrônico”, assinalou o escritor peruano, “o suporte não é insensível ao conteúdo”. A opinião é baseada, disse Llosa, no que aconteceu com a televisão. “Por que a televisão banalizou tanto os conteúdos, quando é um instrumento extraordinário para chegar a grandes públicos, mas foi incapaz de se transformar em um transmissor de grandes ideias, de grande arte ou literatura?”, questionou.

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    Para o autor de Pantaleão e as Visitadoras (1973), A Guerra do Fim do Mundo (1981) e Travessuras da Menina Má (2006), entre outros, a televisão “não chegou a lugar algum, porque aponta ao mais baixo para chegar ao maior número de pessoas”. Vargas Llosa, ao mesmo tempo, disse não se opor ao entretenimento e afirmou que existem boas séries televisivas, “mas ler (Marcel) Proust ou (James) Joyce não é o mesmo que assistir a uma série”.

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    Diante de um auditório lotado – e com dezenas de pessoas acompanhando o evento por um telão do lado de fora -, Vargas Llosa afirmou que a coisa mais importante que aconteceu em sua vida foi aprender a ler aos cinco anos de idade. Desde então, segundo ele, começou a viver “grandes experiências” graças aos livros. “A leitura me mudou a vida”, disse escritor.

    (Com agência EFE)

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