Um roteiro para entender o discurso de McConaughey. Ou pelo menos tentar…
Conhecido por suas declarações pouco coerentes em premiações, o ator não decepcionou aqueles que esperavam algo semelhante no Oscar
Por Da Redação
3 mar 2014, 18h29
Quando o nome de Matthew McConaughey foi anunciado como vencedor do prêmio de melhor ator, por Clube de Compras Dallas, poucos se surpreenderam. Afinal, a impressionante atuação do ator como um caubói diagnosticado com aids o tornou favorito à estatueta. Conhecido por seus discursos longos e, algumas vezes, confusos, McConaughey atingiu seu auge na noite deste domingo, ao receber o prêmio das mãos de Jennifer Lawrence. Para quem está até agora se perguntando a quem, afinal, McConaughey agradeceu, o roteiro a seguir pode ser útil:
O ator começou do modo convencional: agradeceu à Academia de Hollywood, responsável pelo prêmio, aos atores que concorreram com ele na categoria, ao diretor de Clube de Compras Dallas, Jean-Marc Vallée, e aos colegas de elenco, Jennifer Garner e Jared Letto, que também foi agraciado com uma estatueta, a de melhor ator coadjuvante.
Depois disso, McCounaughey assumiu um ar meio esotérico, de contador de parábolas, e começou a explicar como “funciona”.
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Ele disse que precisa de três coisas para viver: alguém a quem reverenciar, algo pelo que ansiar e alguém a quem perseguir.
A primeira coisa, disse McCounaughey, é Deus, a quem ele agradeceu como responsável pelas oportunidades que encontrou em sua vida. “Ele me mostrou que é um fato científico que a gratidão é paga na mesma moeda”, disse. Pela lógica do ator, se ele agradece a Deus, Deus também será grato a ele e deve continuar a preencher seu caminho com oportunidades.
A segunda coisa a que McConaughey se referiu foi sua família – aqueles pelos quais ele anseia. Ele agradeceu a seu falecido pai e afirmou que ele provavelmente estaria no céu naquele momento. Mas a figura angelical do pai é ligeiramente quebrada pela imagem que o ator pintou depois: ele estaria comemorando a vitória do filho, seminu, munido de uma garrafa de cerveja e uma torta de limão. “A você, pai, que me ensinou a ser homem, à minha mãe, presente aqui hoje, você ensinou a mim e a meus dois irmãos a nos respeitarmos. A partir disso aprendemos a respeitar mais os outros.”
O ator também agradeceu à esposa, a modelo brasileira Camila Alves, e aos filhos, pela coragem que lhe transmitem. “Vocês são as pessoas que eu mais quero que tenham orgulho de mim”, disse, emocionado.
A parte mais enigmática do discurso veio logo em seguida. McConaughey afirmou que a terceira figura a entrar na lista de agradecimentos seria seu herói. “Quando eu tinha 15 anos, uma pessoa me perguntou quem era o meu herói: e eu disse que seria eu em dez anos. Quando cheguei aos 25 anos, me perguntaram se eu já era herói e eu disse que não, não estava nem perto. Seria em dez anos.” Segundo ele, todos os dias, semanas e anos, seu herói está sempre dez anos distante – o que o faz pensar que nunca será herói. “Mas tudo bem, por mim. É algo que eu sempre vou continuar a buscar.” Ou seja, seu herói será sempre ele mesmo. McConaughey terminou o agradecimento dizendo “amém” para tudo isso. E fechou com um despretensioso “Continuamos a viver assim, certo?”. Ao que tudo indica, o ator decidiu dedicar um agradecimento especial a ele mesmo. Com sorte, ao menos ele terá entendido.
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