É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

The Who prova que fúria adolescente não é questão de idade

Com novo álbum na praça, o grupo veterano continua a exibir uma energia notavelmente explosiva

Por Sérgio Martins Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h57 - Publicado em 6 dez 2019, 06h00

Das bandas clássicas dos anos 60, The Who foi a que melhor traduziu os ideais da juventude rebelde. Criou versos nos quais dizia preferir “morrer a ficar velho” e óperas-­rock sob o ponto de vista de adolescentes torturados. As apresentações ao vivo traziam atitudes de moleques insolentes, como destruir instrumentos no final dos shows. Sobreviventes do quarteto original (o baterista Keith Moon e o baixista John Entwistle sucumbiram aos excessos do rock), o vocalista Roger Daltrey e o guitarrista Pete Townshend estão com 75 e 74 anos, respectivamente. Isso não freou a fúria juvenil de Townshend, um dos maiores letristas de sua geração. WHO, décimo segundo disco do grupo e seu primeiro em treze anos, expressa bem essa sede pela eterna adolescência. Um verso da faixa Rockin’ in Rage vai direto ao ponto: “Estou fazendo rock com fúria / Já passei do meu apogeu / Negando a cortina final / E sem querer perder tempo”.

Os veteranos da banda continuam a exibir uma energia notavelmente explosiva. E ela se espraia também pelos bastidores. O lançamento do álbum foi precedido por perrengues ruidosos. Em uma entrevista, Townshend confessou ter se sentido aliviado pela morte dos outros dois ex-­integrantes, porque sentia dificuldade em impor suas ideias musicais a eles. Depois, pediu desculpas pelo sincericídio, mas o fato é que o clima belicoso sempre moveu as relações no The Who (no auge, era como se a banda reunisse três instrumentistas-solo duelando no palco, enquanto o vocalista tentava se impor à frente). Se existe uma definição perfeita para o talento de Townshend como letrista, ela foi dada pelo crítico Jon Savage. Para ele, o compositor escreve em perpétuo “estado de guerra”: seus versos são contra tudo e contra todos. A beligerância não faltou à gravação do novo disco: Townshend e Daltrey mal se cruzaram no estúdio. Como já não se dão, os dois registraram suas partes em horários diferentes. Há rebeldia após os 70.

Publicado em VEJA de 11 de dezembro de 2019, edição nº 2664

Continua após a publicidade

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA COMPRAR

The Who prova que fúria adolescente não é questão de idadeThe Who prova que fúria adolescente não é questão de idade
Continua após a publicidade

Quadrophenia: Live in London

logo-veja-amazon-loja
Continua após a publicidade

*A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.