Rodrigo Santoro recebeu ontem o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, em Cuba, por sua atuação no longa Heleno. Dirigido por José Henrique Fonseca, o filme foi rodado em preto-e-branco, e narra a vida contrubada do jogador Heleno de Freitas (1920-1959), um dos maiores ídolos do futebol brasileiro nos anos 1940, que acabou a vida internado num sanatório. O filme, que em setembro participou do Festival de Toronto, no Canadá, mostra a ascensão e queda do jogador – dos anos 1940, quando Heleno estava no auge, ao final da década de 1950.
Heleno ficou conhecido como “Gilda”, devido a seu temperamento explosivo, comparável ao da personagem vivida por Rita Hayworh em Nunca Houve uma Mulher como Gilda. Santoro comemorou o prêmio: “Tenho enorme respeito pelo festival de Havana, que é considerado o grande ponto de encontro do cinema feito na América Latina”, disse.
Como atleta, o sonho de Heleno era levar o Brasil à vitória na Copa do Mundo, mas a II Guerra Mundial cancelou os torneios de 1942 e 1946. O filme mostra o Heleno craque, e também o homem mulherengo e boêmio, frequentador das casas noturnas. Em 1950, Heleno já está em declínio, vítima de uma sífilis não tratada é internado como louco, num sanatório. Suas atitudes extremadas e a falta de espírito de equipe o levaram a ser vendido ao Boca Juniors, na Argentina, na maior transação do futebol brasileiro de então.
Heleno será lançado no Brasil em 2012. No elenco, além de Santoro, estão Alinne Moraes, que interpreta a esposa dele, Silvia, e Angie Cepeda, que é Diamantina, a amante.