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Pintura de 5 milhões de reais era usada como quadro de aviso

Quadro 'Árabe de Preto', da artista sul-africana Irma Stern, estava na cozinha de um apartamento em Londres com cartas e contas penduradas nele; a obra foi leiloada na década de 1950 a fim de levantar fundos para a defesa de Nelson Mandela na Justiça

Por Da Redação
22 jul 2015, 16h34

O quadro Árabe de Preto, da sul-africana Irma Stern, de 1939, foi encontrado pela especialista em arte da África do Sul Hannan O’Leary na cozinha de um apartamento em Londres, Reino Unido. Avaliada em 1 milhão de libras (5 milhões de reais), a pintura era usada como quadro de aviso, e tinha cartas e contas penduradas nela.

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Hannah, que trabalha para a casa de leilão Bonhams, falou ao jornal The Guardian sobre o achado: “Eu vi essa obra-prima pendurada na cozinha, com cartas, cartões postais e contas penduradas. Foi muito entusiasmante encontrá-la, mesmo antes de eu aprender sobre sua importância política”.

No final dos anos 1950, Betty Suzman, irmã da ativista política anti-apartheid Janet Suzman, doou o quadro a uma instituição de caridade que fez um leilão a fim de levantar fundos para a defesa de Nelson Mandela e outros que lutavam contra a segregação racial da África do Sul. Walter Sisulu e Oliver Tambo, ao lado de Mandela, eram acusados de traição e poderiam ser sentenciados à morte.

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O caso se arrastou na Justiça por cinco anos e eles foram liberados em 1961, mas, três anos depois, foram presos novamente e sentenciados à prisão perpétua por traição. “Tinha outras obras no leilão, mas esta foi de longe a mais importante”, explicou Giles Peppiatt, diretor do departamento de arte sul-africano da Bonhams. “Ela teve uma significante participação no fundo de defesa a Mandela”, concluiu Peppiatt.

Irma nasceu em 1984 em Transvaal, região da África do Sul onde morava sua família judia de origem alemã. Entre 1930 e 1940, ela trabalhou alguns períodos em Zanzibar, de onde veio a madeira da moldura de sua pintura, cheia de ornamentos e formas entalhadas. Como a exportação do material é proibida, a própria moldura é considerada rara e valiosa. Em 2011, uma obra parecida da mesma artista foi leiloada pela Bonhams por 3,1 milhões de libras (15,3 milhões de reais).

Os pais do atual dono da obra se mudaram para Londres na década de 1970 e levaram a pintura com eles. “Eles adoravam a pintura e sabiam que ela tinha algum valor, mas não imaginavam tamanha importância da obra”, falou Peppiatt. Árabe de Preto irá a leilão pela Bonhams de Londres em 9 de setembro.

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