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Para lidar com a concorrência, Spotify testa assinatura de baixo custo

Com valores a partir de 99 centavos, plataforma busca manter a liderança no streaming de músicas após perder uma parcela do mercado para outros canais

Por Amanda Capuano 4 ago 2021, 12h40
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  • O Spotify começou a testar um sistema de assinatura de baixo custo nos Estados Unidos, com mensalidade a partir de 0,99 dólares. Batizado de Spotify Plus, a modalidade é monetizada a partir da taxa mensal e de anúncios, mas ao contrário da versão gratuita, permite ao usuário escolher quais canções ouvir e pular músicas quantas vezes quiser. Segundo o site Hollywood Reporter, o sistema está sendo testado com um número limitado de pessoas, e ainda não há previsão para que a opção chegue ao público geral.

    A ação é mais uma na esteira de estratégias adotadas pela plataforma em um cenário cada vez mais competitivo. Na dianteira do mercado, o Spotify detém 32% dos 487 milhões de usuários globais de streaming musical, seguido por Apple Music (16%), Amazon Music (13%), Tencent (13%) e Google (YouTube Music), com 8%, segundo relatório divulgado pela MIDiA em julho. Apesar da liderança, a plataforma perdeu dois pontos percentuais de sua parcela no mercado do final de 2020 para cá, devido ao avanço dos concorrentes. O YouTube Music foi o que registrou o maior crescimento, com 60%, seguido pelo Tencent (40%) e e pela Amazon Music (27%).

    Segundo o relatório, o YouTube Music do Google tem destaque nos últimos dois anos, especialmente em mercados emergentes, devido ao seu apelo com o público mais jovem. “Os primeiros sinais são de que o YouTube Music está se tornando para a Geração Z o que o Spotify era para os millennials há meia década”, diz o documento. Enquanto isso, a Apple Music ganha vantagem com os usuários dos produtos da marca, e a Amazon tenta desbravar o mercado tanto da música quanto do vídeo.

    Além das músicas, o Spotify passou a investir mais em podcasts, oferecendo um mix de noticiário e entretenimento. Com uma assinatura de baixo custo, a ideia da plataforma é conquistar aqueles que não estão satisfeitos com a versão gratuita da plataforma — que funciona apenas no aleatório, com no máximo seis músicas puladas a cada hora — mas não estão dispostos a desembolsar a mensalidade padrão, que sai por 9,99 dólares. No Brasil, os valores de assinaturas do canal vão de 9,90 para estudantes e 19,90 uma conta individual. “Alguns testes acabam abrindo caminho para novas ofertas ou aprimoramentos, enquanto outros podem apenas fornecer aprendizados,” informou um porta-voz à publicação.

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