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Os planos do Spotify para conter o negacionismo na plataforma

Após controvérsia com Neil Young e podcast acusado de espalhar desinformação sobre vacinas, streaming irá atualizar políticas e alertar ouvintes

Por Amanda Capuano Atualizado em 31 jan 2022, 16h37 - Publicado em 31 jan 2022, 16h34
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  • Na última semana, o cantor Neil Young pediu que o Spotify retirasse suas músicas da plataforma em resposta à decisão do streaming de manter em seu catálogo o podcast do humorista Joe Rogan, acusado de espalhar desinformação sobre vacinas. Com as canções do veterano roqueiro já fora do ar, a plataforma divulgou no domingo, 30, que irá adotar uma nova abordagem para lidar com informações relacionadas à Covid-19.

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    Em um comunicado assinado pelo CEO Daniel Ek, o Spotify revelou que irá adicionar avisos de conteúdo em episódios de podcast que abordem a Covid-19. A empresa informou que os usuários tiveram dúvidas nos últimos dias sobre as políticas da plataforma e as linhas do que é ou não é aceitável. “É certo que não fomos transparentes em relação às políticas que orientam nosso conteúdo de forma mais ampla”, diz a declaração de Ek. Com base nisso, o Spotify explicou que tem “a obrigação de fazer mais para fornecer equilíbrio e acesso a informações amplamente aceitas nas comunidades médicas e científicas que nos orientam neste momento sem precedentes”.

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    Assim, quando o ouvinte se deparar com um episódio que fale sobre a pandemia, um aviso irá direcioná-lo para um recurso dedicado a fatos e informações atualizados sobre a Covid-19 compartilhadas por médicos, cientistas e autoridades de saúde. “Esse novo esforço para combater a desinformação será lançado em países ao redor do mundo nos próximos dias”, escreveu ele. O método é similar ao adotado pelo Instagram, que exibe um alerta aos usuários em postagens sobre vacinas direcionando a informações confiáveis. O aviso, diz o comunicado, “é o primeiro desse tipo de uma grande plataforma de podcast.”

    Embora não cite nomes, a ação é uma resposta às críticas ao podcast Joe Rogan Experience, acusado de espalhar desinformação sobre a pandemia, e que chegou a receber, em dezembro, o negacionista Dr. Robert Malone, que promoveu teorias infundadas sobre as vacinas contra a Covid-19. Na ocasião, 270 profissionais das comunidades científica e médica endereçaram uma carta aberta ao streaming pedindo que combatessem a desinformação distribuída na plataforma.

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    Diante do apelo dos cientistas e da defesa do Spotify ao “direito de criação” de Rogan, Neil Young deu um ultimato ao streaming e, ao receber uma negativa da plataforma em relação à retirada do podcast do ar, pediu que suas músicas fossem limadas. Joni Mitchell e o guitarrista de Bruce Springsteen, Nils Lofgren, informaram que também irão retirar as canções da plataforma, em solidariedade a Young. 

    Com a repercussão, Joe Rogan foi às redes sociais na noite do domingo, 30, para se justificar. Em um vídeo de 10 minutos, postado em sua conta no Instagram, ele alega que não está tentando promover desinformação, mas defendeu sua escolha de entrevistar Robert Malone e Peter McCullough, ambos negacionistas conhecidos, alegando que os dois são “pessoas altamente credenciadas, muito inteligentes, muito realizadas e têm uma opinião diferente da narrativa convencional” – a “narrativa tradicional”, nesse caso, são os estudos que atestam a eficácia e segurança das vacinas, e desmentem as falácias da dupla. Rogan disse que no futuro irá tentar “equilibrar as coisas” e agradeceu ao Spotify.

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    Além de do aviso de conteúdo, a empresa também esclareceu que publicará as regras da plataforma em seu site de maneira permanente, e informou que destacará as regras para que criadores e editores aumentem a conscientização sobre o que é ou não aceitável na plataforma.

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