Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Novo filme de Coppola explora dor da perda de um filho

Por Por Michel Comte
12 set 2011, 19h11

O lendário cineasta Francis Ford Coppola dividiu nesta segunda-feira sua exploração catártica da dor de um pai após a morte de um filho, em seu novo filme, “Twixt”, que estreou no festival de cinema de Toronto.

O romance gótico, parcialmente filmado em 3D, apresenta Val Kilmer como um escritor em declínio que, durante uma turnê, confronta-se com a morte misteriosa de uma jovem numa cidade da Califórnia. O protagonista do filme, que perdeu a filha, recebe a visita do fantasma da garota assassinada (Elle Fanning), que lhe revela os segredos da cidade.

Coppola disse que a ideia veio de um sonho que teve em Istambul. “Pensei, enquanto sonhava: ‘Oh, isso parece um roteiro'”, disse o cineasta, durante uma entrevista coletiva.

Inspirada ainda nos escritos de Edgar Allan Poe e Nathaniel Hawthorne, a história é um conto pessoal de Coppola. “Acredito que todo filme em que eu trabalhar a partir de hoje deva ser pessoal, porque uma das coisas bonitas de se fazer um filme é que você aprende muito sobre o assunto no qual estiver trabalhando”, explicou.

“De certa forma, produzir um filme é como fazer uma pergunta. Não sabia que iria me levar a algo que nunca admiti para mim mesmo.”

Continua após a publicidade

O filho mais velho de Coppola, Gian-Carlo, 22, morreu decapitado num acidente de barco em Annapolis, Maryland, em 1986, quando dava os primeiros passos na carreira de produtor de cinema. Griffin O’ Neal, filho do ator americano Ryan O’Neal, causou o acidente.

“Todo pai acha que é responsável pelo que acontecer com seu filho, mas eu não tinha percebido como me sentia responsável”, explicou Coppola. Durante as filmagens, o cineasta percebeu que “estava na hora de admitir que, no fundo, eu me sentia responsável, porque eu poderia ter ido até lá, ele queria que eu tivesse ido. Se eu vou me sentir melhor agora, não sei.”

A batalha profissional do principal personagem do filme, Hall Baltimore, também se assemelha à sua, reconheceu Coppola. “Eu me sentia muito como Hall”, disse. “Estava sempre em crise, recebendo críticas negativas e tentando arrumar uma forma de sustentar minha família”, contou, lembrando que o “New York Times” descreveu “Apocalypse Now” como “o maior desastre que Hollywood experimentou em 50 anos.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.