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Morre o curador Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil, aos 81 anos

Baiano influente no mundo das artes plásticas foi encontrado sem vida em sua casa, em São Paulo

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2022, 14h36 - Publicado em 7 set 2022, 13h34

Emanoel Araujo, curador de arte e diretor do Museu Afro Brasil, morreu nesta quarta-feira, 7, aos 81 anos. O baiano influente no mundo das artes visuais foi encontrado sem vida em sua casa localizada no bairro da Bela Vista, no centro de São Paulo. A morte foi confirmada pelo Museu Afro Brasil, e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, decretou luto de três dias. “O Museu Afro Brasil se solidariza com a família e os amigos neste momento de profunda tristeza. Emanoel Araujo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país”, destacou a instituição. Araujo foi o diretor da Pinacoteca por 10 anos, entre 1992 e 2002, responsável por revolucionar a política de aquisição de obras, passando a ter em seus acervos obras de artistas contemporâneos afrodescendentes, além de providenciar uma reforma do espaço físico, o que possibilitou a realização de grandes exposições de arte e alavancar a relevância da Pinacoteca no circuito cultural. 

“Emanoel Araújo foi um ícone da cultura negra no Brasil. Artista, professor, pesquisador e gestor público de múltiplos talentos, Emanoel deu uma nova dinâmica à Pinacoteca de São Paulo, fundou o Museu Afro Brasil e trabalhou durante toda sua vida pela valorização da história da arte afrodescendente brasileira e da arte africana. São Paulo seguirá com seus ensinamentos”, disse Garcia em nota oficial.

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 15 de novembro de 1940, e se mudou para Salvador na década de 1960.  Estudou na Escola de Belas Artes da Bahia, da Universidade Federal da Bahia. Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.

Araujo foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983), professor de escultura no Arts College, na The City University of New York (1988). Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, proporcionando mostras marcantes desse o recomeço da Instituição, como a exposição Vozes da Diáspora, as comemorações do centenário de Mário de Andrade e os cento e cinquenta anos de Marc Ferrez. O curador chegou a integrar a Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual era Diretor Curador e Executivo até os dias de hoje.

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Como idealizador do MAB e único diretor executivo e curatorial desde 2003, Emanoel Araujo projetou uma instituição que se dedicasse à memória do afrodescendente e às contribuições desses artistas para a arte brasileira. Como artista visual especializado em escultura, ele concebeu obras a partir de múltiplas linguagens, como desenhos e gravuras marcadas em obras tridimensionais, geométricas e de cores vivas, sendo notabilizado por obras com tamanhos e formatos variados.

NOTA DE FALECIMENTO – EMANOEL ARAUJO – MUSEU AFRO BRASIL

O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de São Paulo, lamenta informar que o seu curador, o artista plástico e escultor Emanoel Araujo, faleceu nesta quarta-feira (7/9), aos 81 anos. Ele foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência, no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, por volta das 10h de hoje. O Museu Afro Brasil se solidariza com a família e os amigos neste momento de profunda tristeza. Emanoel Araujo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país. 

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