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Morre Zuza Homem de Mello aos 87 anos, em São Paulo

De acordo com familiares, o pesquisador, jornalista e produtor musical teve um infarto em seu apartamento

Por Da Redação Atualizado em 4 out 2020, 12h18 - Publicado em 4 out 2020, 11h24
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  • Um dos maiores pesquisadores de música do país, o jornalista, escritor, contrabaixista e diretor musical Zuza Homem de Mello morreu na madrugada deste domingo, 4, em seu apartamento, no bairro dos Pinheiros, em São Paulo, aos 87 anos. Segundo informações de familiares, a causa da morte foi um infarto agudo. De acordo com postagens publicadas na conta de seu Instagram, Zuza estava muito bem até à noite anterior. “Com enorme dor no coração comunico que perdemos nosso querido Zuza. Ele morreu dormindo, de infarto, após termos brindado na noite de ontem todos os projetos bem-sucedidos. Em 35 anos de uma vida compartilhada, pude testemunhar o amor desse homem pela vida, pelo seu trabalho e pela música. Zuza nos deixou em paz após viver uma vida plena!” O post foi assinado pela mulher de Zuza, Ercília Lobo, filhos e netos.

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    Com multitalentos, Zuza, apesar da idade, continuava a produzir intensamente. Na última semana, contou ainda familiares, ele havia finalizado a biografia de João Gilberto, o músico baiano consagrado como o pai da Bossa Nova. Ele já havia feito um perfil do artista, mas quis aprofundar as pesquisas, entrevistas e dar continuidade ao texto.  Nascido São Paulo em 20 de setembro de 1933, José Eduardo Homem de Mello, conhecido por todos pelo apelido, tornou-se um expert na história da música popular brasileira. Ainda na faculdade, em 1955, deixou de lado o curso de engenharia para dedicar-se exclusivamente à sua grande paixão: a música. Logo depois, fez sua estreia no jornalismo, assinando colunas sobre o tema em jornais como a Folha da Noite e Folha da Manhã. Nessa época, Zuza atuava como baixista profissional em bailes e clubes da capital paulista.

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    No final da década de 50, foi para os Estados Unidos estudar música na School of Jazz, em Tanglewood, onde teve a oportunidade de ter aulas com, entre outros músicos, Ray Brown. Ainda estudou musicologia na Juilliard School of Music, em Nova York. No retorno ao Brasil, em 1959, o jornalista e músico ingressa na TV Record, onde ficou em torno de dez anos atuando como engenheiro de som em programas de MPB e festivais da emissora, além de trabalhar como booker na contratação de artistas internacionais.

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    Com grande experiência como produtor e diretor musical, entre os Anos 70 e final dos 80, atuou em rádios e na imprensa, produziu e apresentou programas, além de fazer críticas de MPB para o jornal O Estado de São Paulo. Em televisão, comandou a série “Jazz Brasil”, exibida na TV Cultura, e na área fonográfica produziu discos de inúmeros artistas, como Jacob do Bandolim, Orlando Silva e Elis Regina, que o gostava de chamar apenas por José Eduardo, seus primeiros nomes. Como jornalista, participou como convidado de alguns dos mais importantes festivais de música do mundo, entres eles os de Montreaux, Edimburgo, Nova York, New Orleans, Montreal e Paris. Zuza, que desde 2018 ocupava a cadeira 17 da Academia Paulista de Letras, também foi jurado de alguns dos mais importantes festivais de música realizados no Brasil.

    O velório de Zuza será reservado apenas à familiares por causa da pandemia de coronavírus.

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