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Medos Privados em Lugares Públicos: um recorde nos cinemas brasileiros

Filme de Alain Resnais completa 144 semanas em cartaz

Por Branca Nunes
13 jul 2010, 19h34

Medos Privados em Lugares Públicos teve 130.673 expectadores no Brasil, 90.316 só em São Paulo

Nem Titanic, com Leonardo de Caprio e Kate Winslet, muito menos Avatar e seus seres azuis. O filme que há mais tempo está em cartaz no Brasil é Medos Privados em Lugares Públicos, do diretor francês Alain Resnais (Hiroshima Meu Amor). São nada menos do que 144 semanas ininterruptas, um verdadeiro feito numa época em que a sobrevida de um filme nos cinemas dificilmente ultrapassa um mês.

Longe de ser um blockbuster, o enredo de Medos Privados gira em torno de seis personagens. Thierry (André Dussollier) é um corretor de imóveis – irmão de Gaëlle (Isabelle Carré) -, que trabalha com Charlotte (Sabine Azéma) e tenta encontrar a casa ideal para Nicole (Laura Morante) e seu noivo, Dan (Lambert Wilson). Mesmo desempregado, Dan quer um dormitório a mais no apartamento para ser seu escritório. E em vez de procurar um emprego, prefere perder as tardes no bar onde Lionel (Pierre Arditi) é barman. À noite, Charlote trabalha cuidando do pai de Lionel. As histórias se entrelaçam enquanto neva o tempo inteiro no inverno parisiense. Como um bom filme francês, há muitos diálogos e relações bastante complexas.

Humberto Neiva, professor de cinema da FAAP, atribui a isso parte do sucesso. “É um filme que gera centenas de discussões”, acredita. “Não está tudo pronto, na tela. Não é só entretenimento. Por isso muitas pessoas gostam de assistir mais do que uma vez”.

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Outro ponto determinante é o público. Nesses três anos foram 130.673 espectadores no Brasil, 90.316 só em São Paulo. Embora não possa ser comparado aos mais de 2 milhões que Eclipse – o terceiro filme da saga Crepúsculo – conquistou durante os cinco primeiros dias de exibição no país, Medos Privados consegue levar até hoje uma boa quantidade de pessoas ao cinema. Em cartaz apenas no cinema Belas Artes, no centro da capital paulista, a sessão do último sábado, por exemplo, teve 35 espectadores. Nesta terça-feira, foram 24.

“Nunca podia imaginar que faria tanto sucesso”, comemora André Sturm, diretor da Pandora Filmes, distribuidora do Medos Privados. “Virou uma espécie de fetiche mesmo. O cara muda de namorada e vai até lá para rever o filme”. Coincidência ou não, Sturm é também o responsável pela grade de programação do Belas Artes.

Quem ainda não assistiu, não precisa correr. Pode ir calmamente até a locadora mais próxima (o filme já está no catálogo) ou à sessão das 14h40 do cinema mais tradicional da avenida Consolação. Não há uma data prevista para que o filme saia de cartaz. Ao que tudo indica, enquanto existir um espectador disposto, Medos Privados estará lá para recebê-lo.

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