Nem só entre os anônimos se dão os barracos dignos de gafieira. Enquanto era amante do presidente John Fitzgerald Kennedy, a diva Marilyn Monroe se deu ao trabalho de telefonar para a primeira-dama americana, Jackie, e dizer que se casaria com o seu marido. É o que conta o livro These Few Precious Days. The Final Year of Jack with Jackie (Estes Poucos Dias Preciosos. O Último Ano de Jack com Jackie, em tradução direta), lançado nesta terça pelo jornalista Christopher Andersen, colaborador de revistas como Time, People e Vanity Fair. Impassível, a primeira-dama respondeu que Marilyn seria bem-vinda à Casa Branca. “Ótimo (…) Eu me mudo, e você fica com todos os problemas”, teria dito Jackie.
LEIA TAMBÉM:
Acervo de fotógrafo de Marilyn é leiloado por US$ 1,8 mi
Veja fotos de Marilyn Monroe antes da fama
O livro explora os inúmeros casos extraconjugais do presidente e tenta responder se “Jack” Kennedy e sua mulher, Jackie, então com 46 e 33 anos, respectivamente, de fato se amavam. A pesquisa de Andersen, que termina no assassinato do presidente em novembro de 1963 em Dallas (Texas), mostra que, de todas as amantes de JFK, a única que preocupava Jackie era Marilyn. A primeira-dama, que sabia das aventuras do marido, não se sentia pessoalmente ameaçada pela atriz, mas temia que o escândalo a expusesse ao ridículo diante da opinião pública, explica Andersen.
“Aos 36 anos, Marilyn se deu conta de que seus dias como símbolo sexual estavam contados e começou a buscar um novo papel para representar: o de segunda mulher do presidente”, escreve o autor. “Marilyn estava convencida de que JFK estava a ponto de abandonar Jackie por ela”, completa o jornalista.
O livro conta ainda que Jackie disse ao marido que não o abandonaria em Washington no caso de um ataque nuclear. Quando a temperatura da Guerra Fria subia perigosamente em 1962, durante a chamada “Crise dos Mísseis”, em Cuba, ela soube dos planos de ser enviada para um bunker com os filhos. “Por favor, não me mande para lugar nenhum se algo acontecer. Ficaremos todos aqui com você”, pediu ela. “Prefiro morrer contigo, e as crianças também, a viver sem você”, completou a então jovem esposa, que faleceu em 1994, aos 64 anos, após um segundo casamento com o milionário grego Aristóteles Onassis.
(Com agência France-Presse)