O bloco Love Fest não é apenas um dos maiores grupos LGBT no carnaval paulistano. Com o grito “LGBTfobia, não” e mais de cem artistas divididos em dois trios elétricos, o foco não é só a diversão, mas também a denúncia contra a violência e o preconceito.
De acordo com o produtor Estevão Romane, após realizar um casamento gay umbandista no carnaval de 2017, o bloco, neste ano, faz campanha contra o preconceito, recolhendo relatos de agressões contra o público LGBT. No Novotel Jaraguá, na rua Xavier de Toledo, próximo ao bloco, fica localizado o centro de pesquisa do grupo Rua Livre, que levanta os dados.
“É a pesquisa quantitativa para mapear assédio, violência sexual e agressão no carnaval. Também pesquisamos sobre a LGBTfobia no carnaval”, explicou André Chalom, um dos pesquisadores. Os números ainda não são definitivos, mas o pesquisador afirma que há ‘uma porcentagem grande de casos’ recolhidos pelo grupo Rua Livre, nos blocos LGBT e também naqueles com predominância de heterossexuais.
O Love Fest desfila nas ruas da região da Praça da República, no centro da capital paulista, com dois carros de som. Um deles, à frente, trouxe As Bahias e a Cozinha Mineira, Liniker, Linn da Quebrada e outros artistas. Mais atrás, no segundo carro, a cantora e dançarina Gretchen acompanhou o público. No chão, os foliões contam com performances de drag queens, incluindo Alma Negrot, que faz maquiagens nos participantes. Também circulam pela região central de São Paulo nesta segunda os blocos Forrozin, Holi Folia, Emo, Unidos do Swing e Lua Vai.