Uma nova sede do museu do Louvre, construída sobre as minas de carvão abandonadas em Lens, pequena cidade do norte da França, foi inaugurada nesta terça-feira. No local, serão exibidas parte das coleções habitualmente guardadas em Paris.
Espera-se que o museu, localizado na região de Nord-Pas-De-Calais (norte da França), muito castigada pela crise econômica, ajude a revitalizar a área. “Vamos substituir as imagens geralmente negativas sobre a mineração”, afirmou Guy Delcourt, prefeito de Lens.
O novo museu, que custou mais de 150 milhões de euros (cerca de 414 milhões de reais), abrirá suas portas em 12 de dezembro. Esta será a primeira sede do Louvre fora da capital francesa — outra deve ser inaugurada em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, em 2015.
O acesso ao museu será gratuito durante o primeiro ano. O objetivo é que o Louvre-Lens atraia 700.000 visitantes no primeiro ano e 500.000 nos seguintes — um número expressivo frente ao total de habitantes da cidade, de 35.000. “Nós sabemos que um museu não faz verão. Mas pelo menos avisa o final do inverno”, declarou Daniel Percheron, presidente da região Nord-Pas-de-Calais, onde o índice de desemprego é atualmente superior a 16%.
A primeira exposição temporária proposta pelo museu é intitulada Renascimento – Revoluções nas artes na Europa, 1400-1530, composta por mais de 250 obras divididas em 13 salas e entre as quais se destaca a Santa Ana, de Leonardo Da Vinci.
O novo centro cultural aspira seguir os passos da cidade espanhola de Bilbao, no País Basco, que se tornou em um polo econômico e cultural graças ao Museu Guggenheim, projetado por Frank Gehry.
(Com agências EFE e France Presse)