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Lilia Cabral: “Sou fã de tarô”

Estreando filme novo, 'Tire 5 Cartas', a atriz de 66 anos fala sobre etarismo, de como enfrentou a síndrome do pânico e do hábito de consultar tarólogas

Por Sofia Cerqueira 16 set 2023, 08h00

O que a motivou a fazer um filme sem verba milionária ou diretor muito conhecido? Isso nunca foi minha preocupação. Estou acostumada a fazer teatro sem dinheiro e, no caso do diretor, assisti ao filme de estreia de Diego Freitas (O Segredo de Davi) e percebi nele uma extrema sensibilidade ao contar uma história. Me entusiasmei, aceitei seu convite e fiquei feliz com o resultado. É uma comédia família, criativa, que fala da diversidade sem precisar levantar bandeiras.

Como foi gravar o longa na pandemia, período em que viveu crises de síndrome do pânico? Acho que me ajudou em todos os sentidos. Mas, claro, tive de ter coragem. Com a pandemia, comecei a sentir uma ansiedade aguçada, o coração apertado, uma dificuldade de me livrar dos pensamentos ruins. Já tinha experimentado outras crises. Cheguei a tomar um ansiolítico, voltei à análise e me concentrei em atividades como a meditação.

Rodado no Maranhão, o filme conta com a participação de influencers da região. Que tal a experiência de contracenar com elas? A troca foi sadia. Elas são adoráveis, espontâneas e ainda trouxeram um sabor de renovação ao set. A gente, que já passou por tantas filmagens, quando vê uma pessoa tão empolgada em estar ali pela primeira vez, se emociona.

Na tela, a senhora vive uma taróloga golpista. Confia nas cartas? Sou fã do tarô e todos os anos procuro pessoas que leem cartas. Vejo como algo que ajuda a entender aquilo que nos incomoda, que aponta outros caminhos e faz a gente se questionar. Uma vez, aos 38 anos, uma taróloga previu que eu teria uma filha. Aconteceu logo depois.

Além do filme, a senhora é uma das estrelas da novela Fuzuê. Já foi alvo de etarismo? Não, e nem penso nisso. Se quero fazer teatro, vou lá e produzo. Na TV, vivo uma personagem que tem uma história de amor com Nero (Edson Celulari). Eles se reencontram e não ficam discutindo se ainda têm idade para isso. É assim que levo minha vida.

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Como foi contracenar com sua filha, Giulia Bertolli? O trabalho nos aproximou ainda mais. Tive a chance de ver como cresceu e de como aprendo tanto com ela.

Giulia saiu há pouco tempo de casa. Sofre da síndrome do ninho vazio? Às vezes sinto sua falta, mas estou feliz por ela. Minha analista sempre diz: “Para ser boa mãe, deixe seu filho fazer a vida dele”. Sei que dei a Giulia todas as condições para seguir em frente.

Publicado em VEJA de 15 de setembro de 2023, edição nº 2859

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