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Lázaro Ramos vive músico em filme de Sérgio Machado

Por AE São Paulo – Uma da manhã na Sala São Paulo. A movimentação é intensa, mas não é nenhum concerto, nenhum recital. A sala abriga nesta madrugada a filmagem de uma cena importante do novo longa de Sérgio Machado. O diretor de “Cidade Baixa” e “Quincas Berro D�Água” comanda uma animada equipe reunida pela […]

Por Da Redação
17 jul 2012, 10h00
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  • Por AE

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    São Paulo – Uma da manhã na Sala São Paulo. A movimentação é intensa, mas não é nenhum concerto, nenhum recital. A sala abriga nesta madrugada a filmagem de uma cena importante do novo longa de Sérgio Machado. O diretor de “Cidade Baixa” e “Quincas Berro D�Água” comanda uma animada equipe reunida pela Gullane Filmes para contar a história do Instituo Baccarelli e da Sinfônica de Heliópolis. Neste momento específico, o músico de periferia realiza seu exame de admissão para a Osesp. O próprio diretor artístico da Orquestra Sinfônica de São Paulo – Arthur Nestrovski – faz uma participação especial, integrando a banca examinadora que avalia… Lázaro Ramos.

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    Em sua segunda parceria com o diretor, Lázaro faz o músico jovem que joga suas fichas e sonha integrar a prestigiada orquestra. O filme chama-se, provisoriamente, “Acorda, Brasil”, mas é certo que vai mudar até o lançamento, embora o título tenha a ver com o conceito da obra. O músico de Lázaro é a representação deste Brasil que, nos últimos anos, tem aberto novas perspectivas de vida para a garotada da periferia. Não faz muito tempo, quais eram as opções? Ser jogador de futebol ou então uma meteórica trajetória no tráfico, ganhando dinheiro (rapidamente) e vivendo ‘à bout de souffle’ (a perder o fôlego) antes de tombar sob as balas de adversários ou da polícia.

    Esses garotos hoje podem sonhar com outras coisas, como os da favela de Heliópolis, que possui uma orquestra sinfônica e é dela que Lázaro – o personagem dele – sai para a Osesp. A Osesp é a cereja do bolo, a Sinfônica de Heliópolis é a expressão do Brasil que acorda – e isso não vai mudar com o título -, mas o filme não é chapa branca, como diz o diretor Machado. “É tudo, menos chapa branca”, reforça Lázaro Ramos, que chega dos bastidores para conversar com a reportagem. O palco está uma balbúrdia. A cena filmada nesta noite é a sequência do material que foi rodado no dia anterior. Lázaro, no violino, acompanhado de uma pianista. Os planos próximos de ambos já foram feitos e agora, nesta madrugada, o diretor de fotografia Marcelo Durst sobe na plataforma para filmar, de cima do palco, as reações dos integrantes da comissão de avaliação, que, da plateia, assistem à apresentação do candidato.

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    Embora o nome de Lázaro Ramos seja o mais importante no elenco de “Acorda, Brasil”, o longa tem participações de outras figuras conhecidas, como a própria mulher do ator, Taís Araújo, e Sandra Corveloni, que ganhou o prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes por “Linha de Passe”, de Walter Salles. Mas o personagem de Lázaro é o motor que impulsiona a historia real, baseada na experiência de dois jovens de comunidade cuja vida será transformada pela música. Fátima Toledo, com quem Lázaro e Machado trabalharam em “Cidade Baixa”, prepara mais uma vez o elenco jovem, repetindo uma experiência que começou em “Pixote, a Lei do Mais Fraco”, de Hector Babenco, há 32 anos, e prosseguiu em “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, há dez. Ambos os filmes adquiriram projeção internacional e são bem exemplos do tipo de vida que os garotos de Heliópolis – e “Acorda, Brasil” – estão conseguindo, agora, evitar.

    Marcelo Durst, o grande diretor de fotografia de “Estorvo”, retorna ao cinema depois de um período dedicado à publicidade. Filho do lendário diretor de TV e cinema Walter George Durst, Marcelo já trabalhou (num comercial da Nike) com John Woo. Ele gosta de ângulos e movimentos de câmera complicados. Tira de letra. Seu nome é mais um a credenciar a produção da Gullane com estreia prevista para o ano que vem, com distribuição da Fox. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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