Irreverente, Bloco das Carmelitas abre o Carnaval de rua no Rio
Este ano, o cortejo que percorre o bairro de Santa Teresa trouxe de novidade dois pernaltas homens
Por Mônica Garcia, do Rio de Janeiro
5 fev 2016, 18h28
Irreverência, alegria e liberdade marcaram a abertura oficial do Carnaval carioca com o Bloco das Carmelitas, na tarde desta sexta-feira, em Santa Teresa. O sol forte não desanimou os participantes mais entusiasmados que subiram as ladeiras do bairro para dar o pontapé inicial na folia.
Este ano, o bloco trouxe de novidade dois pernaltas homens. De acordo com o artesão Rodolfo Pereira, 21 anos, um dos pernas de pau do Carmelitas, a presença masculina é para mostrar que todos são iguais e que a liberdade, seja na vida ou na folia, é um direito irrestrito. “Estamos aqui para mostrar que Carnaval é para libertar e se divertir. Viemos para ajudar as freiras a sair do convento e poder curtir, como todo mundo. Essa é a nossa função em 2016.”
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O clima de festa e de alegria tomou conta de quatro amigas de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, que vieram ao Rio para curtir o Carnaval. “Na nossa cidade não tem Carnaval de rua, onde todos podem se divertir livremente. Por isso que esse ano trouxe minhas amigas para ver como é um Carnaval de verdade. Além da praia e dos blocos vamos para a Sapucaí torcer para a Beija-Flor, no domingo”, conta a estudante Júlia Vicente, 20 anos.
Insegurança e medo – Apesar do clima de festa, muitos moradores preferiram os “camarotes vips”, ou seja, as varandas de casa ou muros e grades dos prédios para ver o bloco passar.
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Segundo uma moradora de Santa Teresa, por onde passa o Carmelitas, e que pediu para não revelar o nome, o clima de insegurança que tomou conta do bairro na última semana, após a morte do jovem Rodrigo Braga dos Santos, durante a dispersão do bloco Céu na Terra, no último dia 30, repercutiu negativamente e trouxe menos pessoas ao bairro.
“Com certeza o público do Carmelitas está muito menor que no ano passado e dos outros anos. Após a morte do garoto do morro da Coroa, a guerra voltou a Santa Teresa. Quem é da região não vai acompanhar o cortejo, porque sabe que pode não ser seguro. Prefiro só ver o bloco passar do que acompanhar o cortejo. Como sempre faço, há mais de 15 anos”, diz.
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De acordo com a estimativa da RioTur, 10.000 pessoas devem percorrer as ruas do bairro atrás do Carmelitas nesta sexta.
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