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IMPERDÍVEL – ‘De Longe te Observo’ tira força do não dito

Sutil, filme venezuelano que levou o Leão de Ouro no ano passado, é baseado em trama de Guillermo Arriaga sobre voyeur que se envolve com garoto das ruas

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2016, 08h00 - Publicado em 30 jul 2016, 08h00
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  • Armando (Alfredo Castro) é um protético de meia-idade solitário acostumado a viver só e que, para frasear Fernando Pessoa, parece nunca tocar na vida. A sua relação com o mundo e com as pessoas é sempre distante. Vive sozinho e, para satisfazer a necessidade de alguma relação sexual, oferece dinheiro a garotos que, postados cerca de um metro à frente da poltrona da sua sala, se despem de costas para que Armando se masturbe sem encostar e nem mesmo fazer contato visual com ninguém. Observador que é, das ruas e das pessoas, não é possível saber se a escolha de Elder (Luis Silva), adolescente que entrará em sua vida para marcá-la de forma definitiva, é acidental ou com propósito. É a relação entre o homem de classe média e o menino de classe baixa, que se sustenta com furtos e com o apoio de uma gangue, que conduz De Longe te Observo, filme do venezuelano Lorenzo Vigas em cartaz desde quinta-feira no país. Premiado com o Leão de Ouro em Veneza, no ano passado, o filme tem roteiro baseado em uma história do mexicano Guillermo Arriaga – o mesmo de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel. Uma história de tratamento literário: De Longe se sustenta sobre coisas não ditas, como as reais intenções de Armando com relação a Elder, um garoto homofóbico de quem ele se dedica a cuidar e sustentar, e a mágoa que o protético tem do pai, que reaparece em Caracas e que ele, novamente, apenas observa pelas ruas. Paralela, a relação de Armando com o pai vai se chocar com a de Armando e Élder. E, mais uma vez, a força virá daquilo não pronunciado.

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    Armando (Alfredo Castro) é um protético de meia-idade solitário acostumado a viver só e que, para frasear Fernando Pessoa, parece nunca tocar na vida. A sua relação com o mundo e com as pessoas é sempre distante. Vive sozinho e, para satisfazer a necessidade de alguma relação sexual, oferece dinheiro a garotos que, postados cerca de um metro à frente da poltrona da sua sala, se despem de costas para que Armando se masturbe sem encostar e nem mesmo fazer contato visual com ninguém. Observador que é, das ruas e das pessoas, não é possível saber se a escolha de Elder (Luis Silva), adolescente que entrará em sua vida para marcá-la de forma definitiva, é acidental ou com propósito. É a relação entre o homem de classe média e o menino de classe baixa, que se sustenta com furtos e com o apoio de uma gangue, que conduz De Longe te Observo, filme do venezuelano Lorenzo Vigas em cartaz desde quinta-feira no país. Premiado com o Leão de Ouro em Veneza, no ano passado, o filme tem roteiro baseado em uma história do mexicano Guillermo Arriaga – o mesmo de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel. Uma história de tratamento literário: De Longe se sustenta sobre coisas não ditas, como as reais intenções de Armando com relação a Elder, um garoto homofóbico de quem ele se dedica a cuidar e sustentar, e a mágoa que o protético tem do pai, que reaparece em Caracas e que ele, novamente, apenas observa pelas ruas. Paralela, a relação de Armando com o pai vai se chocar com a de Armando e Élder. E, mais uma vez, a força virá daquilo não pronunciado.

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