Dois dos filhos do cantor americano Marvin Gaye, morto em 1984, entraram com um processo contra Robin Thicke, nesta quarta-feira, por violação de direitos autorais. Nona Marvisa Gaye e Frankie Christian Gaye acusam Thicke ter copiado elementos de uma canção de seu pai, Got to Give It Up, na música Blurred Lines, lançada pelo cantor em parceria com os rappers e produtores Pharrell Williams e T.I. neste ano, e apresentada no Video Music Awards (VMA), da MTV, ao lado de Miley Cyrus. Segundo o site The Huffington Post, os herdeiros do cantor também acusam a gravadora EMI de deixar desprotegido o legado de Gaye.
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De acordo com o site da rede britânica BBC, os irmãos querem uma indenização e uma parcela dos lucros de Blurred Lines, canção que conquistou o topo da lista de mais populares da revista Billboard e cujo single vendeu mais de 6 milhões de cópias. A ação dos filhos de Gaye é uma resposta a Thicke e Williams, que pediram em agosto que a justiça americana determinasse que eles não haviam copiado Got to Give It Up, após surgirem as primeiras suspeitas de plágio.
Segundo o processo de Nona e Frankie Gaye, a EMI deveria ter reclamado os direitos autorais da canção, mas, por conflito de interesses, não o fez, já que Blurred Lines está rendendo lucros altos à gravadora. “Esse conflito resultou na decisão intencional da EMI de se alinhar com os autores de Blurred Lines, sem se preocupar com os danos aos direitos e interesses da família Gaye, e do legado de Marvin Gaye”, diz o documento.
A Sony/ATV Music Publishing, dona da EMI, afirmou em comunicado enviado à imprensa que levou “muito a sério” o papel de defender seus autores. “Apesar de não termos visto as reclamações dos Gaye contra a gravadora, nós avisamos repetidamente o advogado da família de que as duas canções em questão passaram pela avaliação de um importante musicólogo e que ele concluiu que Blurred Lines não é copia de Got to Give It Up“, diz o texto.
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