Por Equipe AE
São Paulo – O 4.º Festival Internacional de Cinema de Paraty começa hoje com uma homenagem ao cineasta iraniano Jafar Panahi, que recentemente teve confirmada sua sentença de prisão por seis anos e a perda dos direitos de escrever roteiros, dirigir filmes, sair do país e falar com a imprensa nos próximos 20 anos, sob a alegação de que estava “conspirando contra a segurança nacional e criando propaganda contra o Regime iraniano”.
A abertura desta edição, que vai até o dia 15 de novembro, com sessões gratuitas, e ocorre em três locais de exibição no centro histórico da cidade fluminense, será com o longa-metragem “Isto não é um Filme”, documentário realizado pelo diretor enquanto estava em prisão domiciliar, e que foi exibido no festival de Cannes deste ano. O festival também vai fazer uma retrospectiva da obra do diretor, com cinco filmes, entre eles “O Espelho” e “O Balão Branco”.
Segundo a organização do festival, a programação deste ano está mais abrangente, contando com produções nacionais e internacionais divididas em mostras como “Competição Novos Olhares”, composta por oito longas de diretores em início de carreira, “Atores Atrás das Câmeras”, com produções em que atores assumem a posição de diretores, “10xBrasil”, que exibirá dez curtas-metragens nacionais, e o “Cine Tela”, com uma seleção dos melhores e mais recentes lançamentos no Brasil. “Uma professora muito maluquinha”, “Daquele Instante em Diante”, “Trabalhar Cansa” e “Bruna Surfistinha” são alguns dos filmes desta mostra.
Haverá ainda uma pequena homenagem ao cineasta japonês Hayao Miyazaki, com exibição para o público infantil de “A Viagem de Chihiro”, “O Castelo Animado” e “Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar”. O festival também lança este ano a primeira edição de seu laboratório de ideias, o Paraty Lab, que contará com Aulas Masters e Oficinas dadas por profissionais de notório saber da cadeia audiovisual ao público geral e aos inscritos. Mais informações no site https://www.festivaldecinemadeparaty.com.br.
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