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Festival de Berlim enfrenta ômicron e queda de prestígio em 2022

Evento abre a temporada de festivais, que, com a pandemia, perdeu parte do verniz que fazia do formato um reduto de glamour e casa de cinéfilos

Por Amanda Capuano Atualizado em 10 fev 2022, 13h29 - Publicado em 10 fev 2022, 12h52

O Festival de Berlim abriu as portas nessa quinta-feira, 10, para a sua primeira edição totalmente presencial desde 2020. O retorno, porém, enfrenta dois obstáculos de peso: o primeiro é a variante ômicron, que forçou a organização a reduzir as atividades presenciais; e o segundo, a perda de prestígio que premiações e festivais enfrentam depois de edições virtuais sem carisma.

Admirados pelos fãs de cinema, os festivais funcionam como uma oportunidade do público viver a experiência da indústria cinematográfica, acompanhando estreias na presença de atores e diretores. Os eventos também são uma maneira de reforçar a importância do cinema em um momento em que o streaming domina as produções audiovisuais. Com esse conjunto limado pela pandemia, os festivais acabaram convertidos em meras premiações do cinema independente, sem a interação com o público e tapetes vermelhos, que conferem toda a pompa aos eventos.

Assim, para combinar a presença do público às limitações pandêmicas, o Festival de Berlim optou por não cancelar mais uma vez sua edição presencial, mesmo com o avanço da ômicron. Ao invés disso, reduziu o calendário de 11 para 7 dias, limitou a capacidade dos cinemas a 50%,  e os convidados precisam usar máscaras pff2 e serem testados todos os dias antes da entrada, mesmo que vacinados. A burocracia pode afastar parte do público, mas os cineastas têm se mostrado animados para viver novamente a “experiência cinematográfica” dos festivais.

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Da esquerda para a direita: Ryusuke Hamaguchi, Tsitsi Dangarembga, M. Night Shyamalan, Said Ben Said, Anne Zohra Berrached, Connie Nielsen, Karim Ainouz, o juri do festival de Berlim de 20200 (P. Lehman/Future Publishing/Getty Images)

“É claro que gosto de ver filmes em casa, mas para um homem religioso, a igreja é o lugar mais importante para se estar. Fico feliz por estar aqui porque estamos de volta à ‘igreja’, e todos juntos”, disse Saïd Ben Saïd, produtor tunisiano/francês que trabalhou com nomes como Paul Verhoeven, Brian de Palma e Roman Polanksi, durante evento de abertura, comparando os templos religiosos às salas de cinema.

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Liderado pelo cineasta M. Night Shyamalan, o júri da edição conta com sete membros, incluindo o brasileiro Karim Aïnouz. A primeira atração, que abre o evento, é a exibição de Peter von Kant, do francês François Ozon, o primeiro dos 18 filmes que concorrem ao Urso de Ouro, principal prêmio do evento, cujo vencedor deve ser anunciado em 16 de fevereiro. Os concorrentes são originários de 15 países, e 17 deles estreiam no festival, incluindo trabalhos de Claire Denis, Hong Sangsoo e Rithy Panh.

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Karim Ainouz durante coletiva do Juri (Andreas Rentz/Getty Images)

O Brasil ficou de fora da disputa pelo Leão de Ouro e Prata, mas concorre na mostra de curtas com Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro. Na mostra paralela Panorama, Fogaréu, de Flávia Neves, é um dos que serão exibidos. A trama conta a história de Fernanda, que retorna à fazenda da família em Goiás depois de anos afastada e passa a questionar o estilo de vida dos parentes.

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