Faustão negou, em vídeo enviado ao colunista do Uol Flávio Ricco, que sua crítica a um político “imbecil” no último domingo, durante seu programa da Globo, fosse direcionada ao presidente Jair Bolsonaro. “Em nenhum momento eu falei a respeito do atual presidente, muito menos dos eleitores nos termos ‘imbecil'”, disse.
“Usei a palavra para explicar que muitas vezes o político imbecil, que não está preparado para ser eleito, nem sabe por que está lá, acaba entrando nessa onda da vaidade e esquece dos problemas do país”, continuou. “Como estamos em novos ares, ou pelo menos com expectativa para novos ares, o que a gente espera é que todo mundo reze para que os novos políticos eleitos, deputados, senadores, governadores, o presidente da República, os ministros indicados tenham principalmente consciência dos verdadeiros problemas do Brasil, que não são poucos. Assim como toda a sociedade brasileira.”
No programa exibido no domingo 6, Faustão afirmou: “O imbecil que está lá, e não deveria estar, pode até ser honesto, mas é um idiota que está ferrando com todo mundo. Você paga imposto e o que você recebe? Então, vamos ver se esses novos ares vão mudar. Tem que rezar para dar certo, não adianta rezar contra”. Mais cedo, a Globo confirmou que o programa foi gravado em novembro, quando Michel Temer ainda era o presidente e Bolsonaro já havia sido eleito.
No vídeo em que explica sua declaração, o apresentador afirmou: “Quando houve o resultado, o que eu falei foi: democracia é isso. Ele tem que se preocupar em governar para todo mundo. Aos derrotados, façam uma autocrítica e principalmente tenham humildade em reconhecer a derrota. Até porque só assim vocês poderão engrandecer o Brasil, fazendo uma oposição coerente e consistente, mas pensando no país e não nos próprios interesses”.