O solstício de verão acontece nesta sexta-feira 21 em todo o hemisfério sul da Terra. O fenômeno astronômico, que foi homenageado pelo doodle do Google, marca o primeiro dia do verão e foi motivo de festividades para diferentes civilizações ao longo da história.
O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios da terra está inclinado no ângulo em que recebe o máximo de luz solar possível, marcando o dia mais longo do ano e consequentemente, a noite mais curta. O termo vem de sistere, do latim, que significa “que não se mexe”. Isso porque o fenômeno representou durante muitos anos a data em que o sol parecia não se deslocar ao ser visto do nosso planeta.
Em dezembro, quando ocorre o solstício de verão no hemisfério sul, o hemisfério norte passa pelo solstício de inverno (em que há a maior noite do ano). Já em junho, os fenômenos são invertidos.
Especialmente no norte, a chegada do solstício de dezembro representou o motivo para uma série de festividades consideradas pagãs em diferentes lugares, porque depois da data, os dias passam a ser cada vez maiores.
O início de um novo ciclo solar se tornou, em muitas culturas, a representação de um recomeço. Sociedades que já usavam calendários cíclicos viam o fenômeno como o renascimento de um ano. Durante o Império Romano, por exemplo, o fenômeno marcava o nascimento do deus Sol Invictus, que teria nascido no dia 25 de dezembro.
Em muitas sociedades, essas festividades ainda representavam a última grande comemoração antes do início do inverno mais intenso. Em regiões temperadas, em que o frio é maior, era necessário estocar comida e bebida e abater os animais para garantir a sobrevivência na estação do ano que começava. Assim, o solstício era o momento em que havia a maior abundância de alimentos e bebidas fermentadas ao longo do ano.
Na cultura iraniana, o solstício de inverno é a data para comemoração de Shab-e Yalda, em que as famílias se reúnem para comer e cantar poesias, em especial do místico persa Hafez, para se proteger da noite mais longa do ano, que também é considerada a “a mais escura”.
Na Ásia, diferentes comemorações já foram criadas sobre o fenômeno astrológico. Na índia, todo o dia do solstício é considerado sagrado para hindus mais religiosos, com direito a banhos em rios e preces para entidades. Já na China, é comemorado o festival Dongzhi, em que famílias se reúnem para a preparação de Tangyuan, uma sobremesa feita à base de arroz.