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Em Gramado, ‘Colegas’ desdramatiza a Síndrome de Down

A julgar pela intensidade das palmas, o favorito do público do Festival de Gramado, até agora, é Colegas, de Marcelo Galvão, um road movie inusitado. E por quê? Porque é estrelado por uma trinca de atores portadores de Síndrome de Down. Eles fogem de uma instituição, roubam o carro de um dos funcionários, promovem assaltos […]

Por Da Redação
16 ago 2012, 12h56
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  • A julgar pela intensidade das palmas, o favorito do público do Festival de Gramado, até agora, é Colegas, de Marcelo Galvão, um road movie inusitado. E por quê? Porque é estrelado por uma trinca de atores portadores de Síndrome de Down. Eles fogem de uma instituição, roubam o carro de um dos funcionários, promovem assaltos a mão armada com uma pistola de brinquedo e vão parar na Argentina em busca dos seus sonhos. Um deles deseja ver o mar, que não conhece; o outro quer voar; a mocinha pretende se casar.

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    Engraçada e alto-astral, a comédia foi aplaudida em cena aberta várias vezes. No fim, aplausos confirmaram que o alvo de Galvão havia sido atingido. “Quero que, depois de algum tempo, vocês esqueçam que eles são downianos, e os vejam apenas como jovens”, disse na apresentação o diretor, sobrinho de um portador de Down.

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    Um dos rapazes, interpretado por Ariel Goldenberg, é cinéfilo, pretexto para encher o filme de referências cinematográficas, que vão de Hitchcock a Fellini, passando por Tarantino a Fernando Meirelles. Não são artificiais. Encaixam na narrativa e divertem quem gosta de cinema.

    Com trilha sonora composta por músicas de Raul Seixas, o longa consegue completar, de forma ficcional, o trabalho já iniciado pelo documentário Do Luto à Luta, de Evaldo Mocarzel: fazer com que o público enxergue os portadores de Down como pessoas como as outras, com seus conflitos, alegrias, sonhos e fraquezas. O casal de protagonistas, Ariel Goldenberg e Rita Pokk, havia participado do documentário de Mocarzel.

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    O segredo do filme é tratar os personagens de maneira desdramatizada, evitando transformá-los em coitadinhos. São confrontados a situações cruas, cheias de preconceitos e reagem à altura. “O forte do filme é esse humor meio negro. A gente usa os termos politicamente incorretos, como forma de denunciar os preconceitos mesmo”, diz o diretor Marcelo Galvão.

    Outro concorrente brasileiro apresentado foi o gaúcho Insônia, de Beto Souza, uma comédia romântica que mescla adolescentes e adultos. É a história de Claudia, garota de 15 anos, filha de pai argentino que veio morar no Brasil. Ela perdeu a mãe quando criança e tem dificuldades de relacionamento. Comunica-se no chat com um personagem cujo nickname é Insônia, daí o título. A vida de todos muda de figura quando entra em cena Déia, interpretada por Luana Piovani. A mostra competitiva de longas estrangeiros prosseguiu com Diez Veces Venceremos, de Cristian Jure (Argentina), e Leontina, de Boris Peters.

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    (Com Agência Estado)

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