A editora Contexto, que publicaria no início de 2020 o livro Suzane – Crime e Punição, decidiu não seguir com o processo editorial. A obra narraria a trama de como se deu um dos crimes mais famosos do país: o assassinato de de Manfred e Marísia von Richthofen, planejado pela filha Suzane von Richthofen, e executado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, em 2002.
Por meio de nota, a editora explicou que “após estudar a conjuntura do mercado editorial decidiu pela não publicação do livro” sobre uma das presas mais famosas do Brasil. O comunicado termina autorizando o autor do livro, o jornalista Ulisses Campbell, a publicar a obra “como e onde desejar”.
O pronunciamento da editora se dá depois de Suzane, por meio de sua advogada, entrar com uma ação na Justiça contra a Contexto e contra Ulisses na tentativa de barrar a publicação do livro.
Nos autos do processo, a advogada de Suzane afirma que ela “não autorizou o referido livro” e que ”o repudia veemente”. “A autora já vem pagando pelo crime que cometeu, desta forma tem o direito ao esquecimento, até porque precisa que isso aconteça para poder continuar com a sua vida”, escreveu a advogada.
A editora Matrix anunciou que lançará o livro em janeiro com um novo título: Suzane- Assassina e Manipuladora.
Filme
Além do livro da Contexto, o assassinato do casal Richthofen será tema de dois filmes, com versões diferentes para a história. A Menina que Matou os Pais, terá a atriz Carla Diaz no papel de Suzane e vai narrar os acontecimentos desde o primeiro encontro entre os assassinos, em 1999, até a condenação do trio em 2006, na versão da própria Suzane.
O outro longa, previsto para estrear simultaneamente, se chamará O Menino que Matou Meus Pais e terá a perspectiva de Daniel Cravinhos, interpretado pelo ator Leonardo Bittencourt.