Um bilhete em que a Princesa Diana alegava que poderia ser morta em uma batida de carro forjada só chegou às autoridades francesas seis anos depois do acidente que matou a inglesa, em agosto de 1997. O mistério sobre o documento é revisitado no documentário do Channel 4 Investigando Diana: Morte em Paris, informou o site Daily Mail.
Em outubro de 1995, Diana teria tido uma reunião com o seu advogado, Lord Victor Mishcon, onde expôs receios quanto à sua segurança. Em seu encontro com a polícia um mês após o acidente que matou Diana, o advogado leu em voz alta uma carta em que relatava as preocupações da princesa. Nela, ele conta que Diana teria sido informada de um suposto “esforço” para “se livrar dela” em abril de 1996, através de um acidente de carro.
Um registro da reunião foi feito pela polícia em setembro de 1997, alegando que se houvesse fatores supeitos quanto ao acidente, Mishcon seria contatado pela Scotland Yard. O registro, porém, apareceu no inquérito apenas anos depois, e com uma página anexada que respaldava a decisão da polícia de manter a nota em segredo. A publicação afirma ainda que os irmãos de Diana só descobriram sobre o documento mais de uma década após ele ser escrito, assim como os príncipes William e Harry.
Lady Di, como ficou conhecida, morreu em uma acidente de carro em Paris, no dia 31 de agosto de 1997. Na ocasião, ela estava em um automóvel com o então namorado, Dodi Al-Fayed, e o motorista, Henri Paul, também mortos na batida. Uma investigação de 2006, denominada Operation Paget, considerou que Paul estava sob a influência de álcool, e que não há evidências de uma conspiração para o assassinato de Diana, ou de que o MI-6 teria acobertado a história. Um inquérito de 2008 concluiu que a morte foi acidental, causada pela condução negligente do motorista.
Mesmo assim, a “nota de Mishcon”, como ficou conhecida, segue despertando interesse. Ela veio à tona quando o mordomo de Diana, Paul Burrell, revelou que possuía uma carta semelhante da princesa “prevendo sua morte”. Lord Mishcon, então, tentou entrar em contato com a polícia para saber como prosseguir com o seu documento, então mantido em segredo. Em dezembro de 2003, seis anos depois, a nota teria finalmente chegado aos legistas da Scotland Yard, e um inquérito para a apurar o caso foi aberto.
No primeiro episódio do documentário, Michael Mansfield, advogado que representou o pai de Fayed, Mohamed Al Fayed, disse ao programa que a nota é importante porque “equivale à premonição de alguém.”, e opinou: “Se você é um policial investigando o caso, você deveria repassar isso para os franceses. Eles não fizeram isso. Eles enfiaram em um cofre e não revelaram”, transcreve o Daily Mail. Divido em quatro partes, o documentário irá se aprofundar nas investigações do caso, revivendo a história no aniversário de 25 anos da morte de Diana.