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Competição de Cannes não tem unanimidades

A premiação na noite de hoje pode ir em qualquer direção

Por Mariane Morisawa, de Cannes
28 Maio 2017, 10h40
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  • Todo ano, a expectativa para a competição do Festival de Cannes é imensa, o que acaba quase sempre resultando em algum grau de decepção. Mas em 2017 a decepção é real.

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    Entre os 19 longas-metragens que disputam a Palma de Ouro a ser anunciada na noite de hoje, não há unanimidades, como ‘Toni Erdmann’, de Maren Ade, no ano passado, ou ‘O Filho de Saul’, de Laszló Nemes, em 2015.

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    Ninguém achou nenhum dos filmes espetacular e, ainda assim, a opinião ficou dividida – a não ser no caso de ‘Rodin’, de Jacques Doillon, unanimemente desprezado. É impossível prever o que vai fazer o júri presidido por Pedro Almodóvar.

    A seguir, o que foi destaque no 70º Festival de Cannes:

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    Os melhores filmes, em resumos de menos de 140 caracteres
    ‘Geu-hu’, de Hong Sangsoo
    Em seu primeiro dia de trabalho, uma jovem é confundida com a amante pela mulher de seu chefe num filme que discute o tempo.

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    ‘Good Time’, de Josh e Benny Safdie
    Um pequeno criminoso planeja (mal) um assalto a banco com participação de seu irmão com problemas mentais numa trama movida pela ação.

    Nelyubov, de Andrey Zvyagintsev
    No meio de uma separação, um casal leva dias para perceber que o filho sumiu, num retrato da elite russa em tempos de Putin.

    ‘Hikari’, de Naomi Kawase
    Com uma personagem com uma das profissões mais curiosas – escritora de áudio-descrição para filmes –, é uma carta de amor ao cinema.

    ‘O Estranho que Nós Amamos’, de Sofia Coppola
    A dinâmica feminina de um internato durante a Guerra Civil americana muda com a chegada de um soldado inimigo ferido.

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    A maior perda de tempo
    Os 119 minutos de Rodin, de Jacques Doillon, não voltam mais

    Os temas da competição
    Privilégios, sociedades corrompidas, relação de pais e filhos, vingança


    As revelações
    -Millicent Simmonds
    Surda-muda como sua personagem, uma menina dos anos 1920 obcecada com uma atriz, dá show de expressividade em Wonderstruck

    -Fantine Harduin 
    Na família aristocrática disfuncional de Happy End, a adolescente é a maior vítima – mas também, talvez, a pessoa mais aterrorizante.

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    -Barry Keoghan 
    O adolescente educado e agradecido ao médico (Colin Farrell) com quem tem uma relação misteriosa vai se transformando com o tempo.


    As melhores atuações
    Robert Pattinson (Good Time)
    O ator fez escolhas interessantes depois de Crepúsculo, mas nunca tinha sido cotado para um prêmio num festival deste porte. Chegou a hora.

    Claes Bang (The Square)
    O dinamarquês alterna prepotência, fragilidade e descontrole como o curador de um museu em Estocolmo que vê seus privilégios contestados aos poucos

    Nahuel Pérez Biscayart (120 Battements par Minute)
    O argentino arrasa como um dos mais radicais membros do grupo ativista ACT UP Paris, que sofre com as doenças provocadas pela Aids

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    Joaquin Phoenix (You Were Never Really Here)
    O americano oferece mais uma boa atuação como um matador que cuida da mãe e tenta se redimir salvando crianças de uma rede de pedofilia

    Kim Minhee (Geu-hu)
    A vencedora do Urso de Prata de interpretação feminina neste ano aparece bem outra vez como uma funcionária que dura um dia no trabalho

    Diane Kruger (Aus dem Nichts)
    A atriz atua pela primeira vez em alemão no papel de uma mulher que perde o marido e o filho num atentado a bomba e busca justiça

    Vasilina Makovtseva (Krotkaya)
    É difícil mostrar emoção com gestos tão milimétricos quanto a atriz russa usa nessa fábula kafkiana sobre uma mulher tentando descobrir o paradeiro do marido na Rússia hoje
     

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    As cenas mais impactantes
    – Sean (Nahuel Pérez Biscayat) e outros ativistas gritam palavras de ordem como cheerleaders numa parada em 120 Battements par Minute

    – Anne (Elisabeth Moss) confronta Christian (Claes Bang) depois de uma noite de sexo em The Square, quando ele se recusa a lhe dar o preservativo para jogar no lixo

    – Okja, o super porco que lembra um hipopótamo, foge com ajuda de sua amiga Mija (Seo Hyun Ahn) numa galeria de lojas subterrânea.

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    No meio de uma separação, Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Alexey Rozin) têm uma briga feia e, no fechar de uma porta, a câmera mostra o sofrimento do filho Alyosha (Matvey Novikov).


    Melhor pergunta 

    “Por que você vive?”, feita por Areum (Kim Minhee) a seu novo chefe Bongwan (Kwon Haehyo) em seu primeiro dia de trabalho em ‘Geu-Hu’, de Hong Sangsoo.

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