Censura das biografias: Paula Lavigne bate-boca na TV
Entrevistada no 'Saia Justa', do GNT, empresária discute com jornalista que a chamou 'oportunista' e diz que o Procure Saber defende o direito à privacidade

No mesmo dia em que Chico Buarque levantou novas discussões sobre as biografias não autorizadas ao publicar um artigo criticando o autor do livro sobre Roberto Carlos, é a vez de Paula Lavigne colocar ainda mais lenha na fogueira. Presidente do grupo Procure Saber, do qual o cantor também faz parte, a empresária será a entrevistada desta quarta-feira do programa Saia Justa, do GNT, e vai transformar a atração em um barraco ao bater boca com uma das apresentadoras.
Em um pequeno trecho da gravação, disponibilizada no site da emissora de TV por assinatura, já é possível ver que a discussão será acalorada. “Nós fomos acusados de censores, mas ninguém deu espaço para a gente se explicar. Estamos num conflito entre dois diretos fundamentais: o direito à liberdade de informação e expressão e o direito à privacidade”, disse ela, que representa também Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan, Roberto Carlos, entre outros. Eles defendem que uma biografia só possa ser publicada com a autorização do biografado ou de seus herdeiros.
No sofá ao lado de Astrid Fontenelle, Maria Ribeiro e Mônica Martelli, o embate mais forte de Paula foi com a jornalista Barbara Gancia, que considera a liberdade de expressão como “a pedra fundamental” de todas as outras liberdades. “A lei brasileira não funciona direito para você e para mim. Você quer que funcione só pra você”, critica Barbara. “O que eu acho é que é uma irresponsabilidade a gente mexer numa coisa tão séria que é a vida privada das pessoas, sem a gente discutir”, diz Paula.
Discussão – O clima entre as duas já estava tenso desde que a colunista da Folha de S. Paulo chamou a empresária de “oportunista” e “gananciosa”. E depois de provocações indiretas no programa, Paula Lavigne provoca: “Barbara, você é gay assumida, né? Qual o nome da sua namorada? Ela não vai se sentir bem vendo eu perguntar isso. É disso que estou falando. Você não está entendendo na teoria e agora viu na prática como é ruim ter a privacidade invadida”. A jornalista rebate: “Se você não gostou de alguma coisa que eu escrevi, chama seu pai (o advogado Arthur Lavigne) e me processa”.
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