Ramón Santos.
Santo Domingo, 7 jun (EFE).- O cantor e compositor Juan Luis Guerra completa 55 anos nesta quinta-feira embalado por uma popularidade que, sem nenhuma dúvida, o situa como o mais internacional dos artistas dominicanos.
Este sonhador, que deixou a faculdade de filosofia para se dedicar à música, soube levar com sucesso o merengue e bachata (ritmo característico das favelas da Republica Dominicana) para lugares como Japão, Austrália e diversos outros países do mundo.
Em 1984, data do lançamento de ‘Soplando’, o primeiro álbum de Guerra, não era fácil imaginar que este tímido cantor à frente do grupo 4-40 alcançaria alguma dimensão mundial, ainda mais com sua mistura de merengue com o jazz que aprendeu na conceituada Berklee College of Music de Boston, nos Estados Unidos.
No entanto, Juan Luis Guerra soube dialogar esse estilo suave e diferente com o gosto popular. Depois de lançar ‘Mientras Más lo Pienso’ (1986), seu terceiro disco, Guerra já apresentava as características necessárias para o surgimento de um artista de muitos quilates.
Atualmente, essa apreciação é compartilhada por muitos seguidores desse ‘mestre’, como Guerra é chamado por alguns consagrados artistas, como Juanes, Enrique Iglesias e Miguel Bosé.
Após 28 anos como uma estrela da música latino-americana, com prêmios e milhões de discos vendidos, Juan Luis Guerra continua sendo um homem discreto e que raramente aparece em lugares públicos.
‘Sempre disse que as canções não mudam as coisas, as coisas são mudadas por homens que escutam as canções’, declarou Guerra ao falar sobre sua maneira de interpretar os problemas sociais, tema que abordou em diversas ocasiões. O cantor também possui a ‘Fundação Juan Luis Guerra’, que ajuda crianças carentes na República Dominicana.
Para celebrar os 55 anos, o cantor e compositor apresentará um grande show da turnê ‘AsondeGuerra’, que, desde o ano passado, já passou por três continentes. Antes de se apresentar e presentear os cidadãos dominicanos, Guerra também falou sobre um luxuoso regalo que gostaria de ganhar: ‘gravar uma bachata com Paul McCartney’. EFE