Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Black Mirror’: episódio em São Paulo é o melhor da quinta temporada

Anthony Mackie protagoniza trama sobre o poder de libertação da tecnologia, enquanto explora variados cenários da capital paulista

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jun 2019, 12h14 - Publicado em 5 jun 2019, 18h07

Para os brasileiros, especialmente os paulistanos, o primeiro episódio da quinta temporada de Black Mirror trouxe um sabor particular. Quem é familiarizado com a metrópole reconhecerá com facilidade cenários turísticos, como a Avenida Paulista, detalhes charmosos como os arabescos do Viaduto Santa Ifigênia, e a força opressora do horizonte de arranha-céus observados a partir do topo do edifício Copan. São Paulo, contudo, não é tratada como uma personagem óbvia – a cidade do episódio nomeado de Striking Vipers não é revelada – mas ela tem muito a dizer paralelamente à história contada.

A trama começa com três amigos curtindo uma balada (em uma casa noturna na Vila Leopoldina). Danny (Anthony Mackie), Theo (Nicole Beharie) e Karl (Yahya Abdul-Mateen II) moram juntos em um imóvel de aparência simplória, onde os dois rapazes dividem também o gosto por videogames. Um salto no tempo mostra Danny e Theo vivendo em uma ampla residência com quintal onde o filho do casal brinca. Karl se tornou o solteirão dono de um luxuoso apartamento (na Avenida Paulista), que frequenta restaurantes caros com jovens de pouca bagagem cultural. Eles se reencontram no aniversário de Danny, que ganha de Karl um jogo de realidade virtual, o Striking Vipers do título. Quando entram no aparato, a relação de ambos se transforma, afetando, aos poucos, a vida fora do mundo virtual.

Anthony Mackie e Nicole Beharie em ‘Black Mirror’ (Divulgação/Netflix)

 

Yahya Abdul-Mateen II em cena gravada na Avenida Paulista, na série ‘Black Mirror’ (Divulgação/Netflix)

 

Talvez o mais sensual episódio de Black Mirror até aqui, Striking Vipers é sensível e melancólico até ganhar dimensões explosivas no revelar de desejos camuflados pelo tempo e por contratos sociais. A tecnologia, tão vilanesca na série, se torna agora espaço de libertação. Enquanto ao fundo, a selva de pedra paulistana e sua vida noturna ressaltam a dureza da realidade. Por isso é tão simbólica a última cena do episódio, quando os cenários idílicos do jogo de videogame dão lugar ao heliponto do Copan, derrubando assim as barreiras que dividem o que acontece no mundo real do que é vivido no virtual.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.