A Bienal do Livro de São Paulo, que costuma receber em torno de 600.000 pessoas a cada ano, anunciou nesta quinta-feira, 17, que terá uma versão online ao final deste ano – a primeira em 50 anos de história. Em junho, a feira literária havia anunciado o cancelamento da edição de 2020, a 26ª, por causa da pandemia do coronavírus.
Organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o evento ocorrerá em uma plataforma virtual entre os dias 7 e 13 de dezembro e terá adaptações de tradicionais bancas, como o centro de discussões “Salão de Ideias”. Batizado de 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo, o evento terá como lema o conceito “Conectando Pessoas e Livros”, e mira reunir leitores, escritores, livrarias e outros tantos personagens do mercado editorial em encontros online. Para além da compra de livros, a plataforma também abrigará palestras e um espaço para realizar negócios.
“Pela primeira vez, pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo poderão participar dessa grande festa”, disse presidente da CBL, Vitor Tavares, em nota. A expectativa é que o site tenha até 1 milhão de visitantes e 150 expositores durante os sete dias que ficará no ar.
Originalmente marcada para ocorrer entre 30 de outubro e 8 de novembro, no Expo Center Norte, a Bienal de SP só esperava acontecer novamente em 2022. Vale lembrar que sua versão carioca, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, tem sua próxima edição, a 19ª, prevista para acontecer em 2021. No ano passado, a 18ª foi palco de uma polêmica envolvendo apreensão de livros e homofobia, com o prefeito Marcelo Crivella no centro do debate: na época, a venda do quadrinhos Vingadores: A Cruzada das Crianças foi impedida – e, depois, reautorizada – por ser considerada uma obra imprópria para o público juvenil.