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Autora de ‘A Cor Púrpura’ boicota publicação de seu livro em Israel

Escritora Alice Walker culpa o que chama de ‘apartheid e perseguição do povo palestino’ por sua decisão

Por Da Redação
22 jun 2012, 18h00
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  • A escritora americana Alice Walker, autora de A Cor Púrpura, recusou a proposta da editora israelense Yediot Books para publicar seu livro em hebraico naquele país. As informações são do jornal britânico The Guardian. Em carta enviada aos editores e reproduzida no site da Pacbi (Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural de Isarael), ela justificou sua decisão dizendo que, enquanto houver “apartheid e perseguição do povo palestino, tanto em Israel quanto nos Territórios Ocupados”, a oferta da editora será inviável.

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    Alice, que integrou o júri do Tribunal Russel sobre a Palestina, realizado na África do Sul em 2011, diz ter ouvido testemunhas palestinas e israelenses sobre a situação geopolítica da região e considerou Israel culpado pela opressão e sofrimento dos palestinos. “Cresci sob o apartheid americano, mas esse foi bem pior. Inclusive, muitos sul-africanos que participaram do julgamento consideraram a versão israelense de apartheid mais cruel do que o regime a que foram submetidos enquanto a supremacia branca dominou seu país por tanto tempo”, escreveu Alice.

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    Ela diz ainda que tem esperanças de que o livro volte a ser publicado em Israel — já foi lançado no país nos anos 80 — e que possa ser lido especialmente por jovens e por ativistas das duas etnias, mas que ainda é hora de esperar “com fé de que um futuro justo possa ser desenhado por pequenos atos”, ressaltou.

    Filme repetido – Ela lembra que quando A Cor Púrpura foi adaptado para o cinema por Steven Spilberg, em 1985, ela pressionou para que o filme não fosse mostrado na África do Sul, que ainda vivia sob o regime de segregação. “Fiquei arrependida de não poder exibir nosso filme a Winnie e Nelson Mandela e seus filhos, e também às viúvas e filhos dos que foram brutalmente torturados nas mãos da polícia”, disse Alice, ressaltando que ficou feliz ao poder enviar a película quando Mandela se tornou presidente sul-africano.

    Lançado em 1983, o romance conta a vida de sofrimento de uma americana negra no início do século XX, e venceu o prêmio Pulitzer.

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