Um ativista pediu que a rapper americana Nicki Minaj cancele o seu show em Luanda, capital da Angola, previsto para acontecer neste sábado durante o festival Unitel Boas Festas. Em uma carta enviada à cantora, o diretor da Fundação dos Direitos Humanos, Thor Halvorssen, disse que ela não deveria “entreter o ditador e sua família de ladrões”, referindo-se ao presidente José Eduardo dos Santos, que comanda o país desde 1979.
Na carta, obtida pela revista The Hollywood Reporter, Halvorssen ainda sugere que Nicki, como “uma artista independente e cheia de força de vontade”, se posicione a favor do rapper Luaty Beirão. O músico foi preso no país em junho por ter participado de uma reunião sobre democracia e não violência. Ele e mais 16 pessoas são julgadas por esse encontro.
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Halvorssen, que é conhecido por jogar cópias do filme A Entrevista na Coreia do Norte com a ajuda de um norte-coreano desertor, também fez uma série de acusações ao presidente angolano em sua mensagem. Ele afirmou que acusa a filha bilionário de Santos é uma das beneficiárias do comércio do “diamante de sangue” na Angola. Além disso, disse que a família do líder cometeu uma série de crimes contra os direitos humanos que foram documentados por órgãos internacionais, e lembra que a Angola é acusada de violar os direitos básicos de jornalistas, ativistas e outros que se pronunciam contra a opressão e a intimidação do governo.
“Minaj, você é conhecida por estar envolvida com instituições de caridade como a Get Schooled Foundation, que motiva jovens a se formarem no ensino médio e irem bem na faculdade. Se você prosseguir com esse show para o ditador e sua família, você vai estar em conluio com as pessoas que roubam recursos educacionais e oportunidades dos jovens angolanos”, diz o ativista no texto. Os representantes da rapper não se pronunciaram sobre o pedido de Halvoressen.
Histórico – Halvorssen já atacou a atriz Hilary Swank por ido há quatro na festa de aniversário Ramzan Kadyrov, presidente da Chechênia, em troca de dinheiro. Depois, ela pediu desculpas, doou o dinheiro para a caridade e demitiu seu empresário. O ativista também acusou Jennifer Lopez de participar de “serenadas com ladrões e ditadores”. A atriz e cantora supostamente recebeu, em 2013, 1,5 milhão de dólares de Gurbanguly Berdimuhamedov, presidente do Turcomenistão que se reelegeu em 2012 como 97% dos votos. Analista consideraram que a eleição foi uma fraude.
(Da redação)