Depois de Júlio Cocielo ser criticado e perder contratos publicitários por causa de tuítes racistas, outro youtuber teve publicações preconceituosas antigas recuperadas e passou a ser acusado de ser preconceituoso. Cauê Moura, que tem um canal próprio, além de dividir a página Ilha de Barbados com Rafinha Bastos e PC Siqueira no YouTube, passou a ser questionado na internet por posts considerados machistas, racistas e homofóbicos.
“Pratique necrofilia – porque não é estupro se ela estiver morta”, “se meu desprezo por fã-clubes de internet pudesse ser convertido em aids, eu seria a África” e “a propósito, quem cochila de tarde é bicha” foram algumas das publicações do youtuber resgatadas por usuários do Twitter (confira outras postagens abaixo).
Com a repercussão, Moura afirmou que apagou os tuítes e se desculpou. “Em 2012 eu fiz umas piadas completamente absurdas, nojentas, deploráveis”, disse. “Fiquei horrorizado ao ler essas m***** seis anos depois. Fui um lixo. Mereço qualquer xingamento vindo dos atingidos. Peço perdão por ter sido assim um dia. deletei os tuítes. Nunca vai se repetir.”
A polêmica levou também a startup de investimentos Warren, que era parceira do canal Ilha de Barbados, a esclarecer que rompeu o contrato que tinha com a página, ainda em maio, e que repudia o conteúdo das postagens de Moura. “Nós repudiamos todo e qualquer discurso de ódio, de segregação, machista e homofóbico. As pessoas precisam de amor, respeito, união e a Warren preza isso como valor primordial. Nós encerramos o contrato que tínhamos com o Ilha de Barbados ainda em maio deste ano”, disse a empresa em suas redes sociais. “Precisamos admitir que devemos estar mais atentos em relação à escolha das pessoas que falam da nossa marca para não colocar em xeque os nossos valores como empresa e equipe.”
Na semana passada, Júlio Cocielo foi acusado de racismo depois de comentar que o jogador de futebol da França Kylian Mbappé “conseguiria fazer uns arrastão top na praia”. Usuários do Twitter, então, começaram a resgatar outras mensagens de cunho racista do youtuber na rede social. Ele se desculpou, mas acabou perdendo contratos publicitários e se tornou alvo de uma campanha de boicote lançada por Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.