A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas parece ter sentido o peso das críticas pela falta de diversidade no Oscar, que pelo segundo ano consecutivo não conta com nenhum negro entre os 20 indicados nas categorias de atuação. Segundo o jornal americano The New York Times, a organização planeja mudar o formato da premiação, na tentativa de evitar esse tipo de disparidade.
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De acordo com o jornal, a Academia está estudando aumentar o número de indicados nas categorias de atuação. As vagas, que atualmente são limitadas a cinco atores em cada categoria, poderiam ser expandidas até dez, o que, segundo a avaliação da organização, possibilitaria que entre os que concorrem à estatueta fossem representadas mais etnias e minorias.
Além disso, o corpo de jurados, que faz as indicações, seria modificado. Além de mais pessoas de minorias representadas entre os votantes, os menos ativos nas eleições seriam removidos para dar lugar a novos. Hoje, apenas 2% dos membros da Academia são negros, sendo essa porcentagem um pouco menor entre os latinos. Segundo o censo de 2010, esses grupos respondem por 36,6% da população americana. As mudanças serão discutidas em reunião da Academia no dia 26 de janeiro.
A própria presidente da instituição, Cheryl Boone Isaacs, disse, pouco depois do anúncio dos indicados, que havia ficado decepcionada com a falta de negros. Além de Cheryl, diversas personalidades, como Mark Ruffalo e George Clooney, criticaram a situação. Nomes como Spike Lee, Jada Pinkee Smith e Will Smith inclusive anunciaram um boicote à premiação, e afirmaram que não comparecerão ao evento.
(Da redação)