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A opinião firme de ministra francesa sobre ataque com sopa à Mona Lisa

Datira Chida, que comando o ministério da cultura do país, foi contundente ao se posicionar sobre o caso

Por Amanda Capuano Atualizado em 7 Maio 2024, 16h03 - Publicado em 29 jan 2024, 10h04
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  • A ministra da cultura francesa, Rachida Dati, usou as redes sociais para opinar sobre o protesto de ativistas que jogaram sopa no vidro de proteção da Mona Lisa, nesse domingo, 28. “A Mona Lisa, tal como a nossa herança, pertence às gerações futuras. Nenhuma causa pode justificar que ela seja o alvo! Envio todo meu apoio ao pessoal do Museu do Louvre”, escreveu em uma publicação no X, antigo Twitter.

    O que aconteceu

    Uma dupla de ativistas climáticas jogou sopa na obra de prima de Leonardo da Vinci, nesse domingo, 28, no Museu do Louvre, em Paris. O protesto em prol de uma “alimentação saudável e sustentável” não danificou a obra, que é blindada por um vidro de proteção, mas assustou os turistas que estavam no local.

    Após lançarem o alimento, as mulheres ultrapassaram a barreira de proteção que mantém os visitantes distantes da pintura e se aproximaram da obra, exibindo camisetas com o slogan do grupo ativista ambiental Riposte Alimentaire (Resposta Alimentar). “O que é mais importante: arte ou o direito a uma alimentação saudável e sustentável? Nosso sistema agrícola está doente. Nossos agricultores estão morrendo no trabalho”, disseram elas durante a ação.

    A manifestação acontece em um momento em que agricultores franceses enfrentam uma crise aguda. Com uma queda acentuada das vendas agrícolas locais, uma série de protestos se espalhou pelo país nas últimas semanas exigindo melhores salários, impostos e regulamentações. Em um comunicado enviado à AFP, o grupo afirma que a sopa na pintura de Da Vinci marca o “início de uma campanha de resistência civil com uma demanda clara… a segurança social de alimentos sustentáveis”.

    Onda de protestos

    Essa não é a primeira vez que obras de arte viram alvo de protestos climáticos. Em um passado recente, manifestantes atiraram purê de batata no quadro Grainstacks, de Claude Monet, exposto no Museu Barberini, na Alemanha, e outra dupla já havia atirado sopa de tomate nos Girassóis de Van Gogh, em Londres. Há também uma outra modalidade de protesto, em que os ativistas colam partes do corpo em obras famosas enquanto declamam manifestos: pinturas como Primavera, do pintor renascentista Sandro Botticelli (1445-1510), e Moça com Brinco de Pérola, do holandês Johannes Vermeer, já foram vítimas desse tipo de ação.

    Os grupos por trás das ações alegam que a ideia não é vandalizar as pinturas, mas usá-­las para atrair os olhares da opinião pública para temas relacionados às mudanças climáticas. Em 2022, os museus se pronunciaram sobre o tema: mais de 90 líderes de instituições culturais ao redor do mundo assinaram uma petição do Conselho Internacional de Museus da Alemanha condenando os protestos.

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