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Premiado em Londres e Bruxelas, gim nacional se destaca entre importados

Destilaria Dry Cat, do Espírito Santo, recebeu medalhas por rótulo feito com castanha-do-brasil e prepara novo lançamento para o fim do ano

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jul 2022, 20h39 - Publicado em 21 jul 2022, 17h24
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  • Portfólio da Dry Cat, destilaria urbana do Espírito Santo -
    Portfólio da Dry Cat, destilaria urbana do Espírito Santo -  (Dry Cat/Divulgação)

    Em 2018, o mercado nacional de gim ainda era muito dependente dos rótulos importados. Drinques à base do destilado estavam começando a se popularizar, e as fabricantes nacionais estavam dando os primeiros passos. Mas em outros países, como o Reino Unido, a febre já havia começado. De bebida de trabalhadores a símbolo de refinamento e uso de ingredientes locais, o gim ganhava força. E o fotógrafo Ari Oliveira e o designer Luiz Flávio Zanon Brêda decidiram olhar para o mercado com mais atenção. Foram estudar a produção da bebida, visitaram destilarias na Inglaterra e, ao voltar para o Brasil, compraram alambiques e começaram a produzir.

    Foi assim que nasceu a destilaria Dry Cat, a primeira do estado do Espírito Santo. O primeiro produto, um gim seco, começou a ser vendido em 2018, de forma bastante artesanal, quase como um hobby. Cerca de cinco anos depois, o portfólio cresceu, a produção aumentou tanto que hoje eles estão na terceira fábrica, e um dos novos rótulos, o Nut Gin, feito com castanha-do-brasil e com passagem por barricas de madeira, conquistou medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas e no The Gin Masters, em Londres. “Foi uma avalanche não programada”, diz Brêda.

    Para a dupla de sócios, o sucesso do gim nacional está relacionado também ao interesse crescente dos restaurantes e bares e dos próprios consumidores pela coquetelaria. “Muitos restaurantes que não faziam drinques antes passaram a montar espaços de coquetelaria. Eles também viram o quanto drinques são rentáveis para a operação”, afirma Oliveira.

    dry cat nut
    O Nut Gin, premiado em Londres e Bruxelas, passa por barricas, técnica ainda pouco comum na produção do destilado – (Dry Cat/Divulgação)

    O passo seguinte foi fazer com que os bares superassem a resistência contra o gim nacional, em especial um rótulo capixaba. “Foi um trabalho diário de levar nosso produto para bares. Fizemos muitos testes cegos”, diz Oliveira. Ele conta que nessas provas o Dry Cat nunca foi apontado como o representante nacional, o que sempre surpreendia aqueles que participavam do teste. “Hoje, já existe a percepção de que o gim nacional, e o nosso especificamente, tem muita qualidade“, diz ele. “E as premiações confirmam isso.”

    Além do trabalho nas redes sociais, parte da estratégia de sucesso da destilaria está relacionada aos investidores de perfis absolutamente diferentes que apostaram na marca: Gilberto Lopes, que esteve à frente da rede Hortifruti por 30 anos, Marcus Buaiz, que tem experiência na área do entretenimento e de eventos na noite, e o cantor Thiaguinho. “É uma mistura engraçada que traz notoriedade com diferentes públicos, de 25 a 65 anos”, conta Brêda.

    Atualmente, a destilaria está trabalhando em um novo rótulo que deve chegar ao mercado até o fim do ano. Será o quinto gim do portfólio: atualmente, além do seco e do Nut, a Dry Cat tem uma alternativa rosa e um london dry. Os sócios evitam falar sobre a novidade, mas garantem que a versão de testes tem atraído a atenção de bartenders. “Teve gente que já disse que vai abandonar os importados e adotar o nosso”, diz Oliveira.

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