Embora as notas dadas por críticos especializados ou guias a vinhos provoquem polêmicas, as avaliações fornecem informações importantes para quem está em dúvida se vale a penar fechar a compra e levar para casa algumas garrafas desconhecidas. Há uma variedade de profissionais que usam o próprio nome para dar credibilidade a um rótulo ou outro. É o caso do influente Robert Parker, que ditou os gostos do mercado por décadas. Há ainda uma ampla variedade de guias, a maioria deles segmentada por países ou regiões produtoras. O Guia dos Vinhos, que acaba de ganhar a segunda edição, adota uma abordagem diferente: elege os melhores disponíveis no mercado brasileiro dentro de três faixas de preço.
Elaborado pelos críticos e jornalistas Suzana Barelli, Marcel Miwa, Beto Gerosa e Ricardo Cesar, o guia recomenda 554 rótulos de 14 países, vendidos por 50 diferentes importadoras. Há três faixas de preço: até R$ 100, de R$ 101 a R$ 200 e de R$ 200 a R$ 300. É interessante ver que há vinhos de R$ 50 que entraram entre os dez melhores da primeira categoria, por exemplo. Segundo os degustadores, o objetivo do guia é ser um “GPS do vinho bom e acessível”.
A estrutura é dividia entre tintos, brancos, espumantes, rosés e, nesta edição, em fortificados e doces (categoria que inclui Jerez, Porto e outros). Há também uma participação mais expressiva do Brasil: 128 rótulos de 28 vinícolas brasileiras foram recomendados. O livro começa a ser vendido na próxima semana na Amazon. A edição anterior continua disponível.
As degustações foram feitas às cegq4as. As amostras foram preparadas pela sommelière Sheila Malickas e divididas sempre por tipo. Os avaliadores sabiam apenas o país, a região e a faixa de preço. Eram provados no máximo 50 vinhos por dia, e cada nota era discutida no momento da prova. Os 554 vinhos que estão no guia foram aqueles que obtiveram ao menos 85 pontos, a nota mínima exigida.
As avaliações individuais podem ser conferidas também no site do guia.