Dia das Mães: Assine por apenas 5,99/mês

Argentina em dose dupla: novas vinícolas passam a oferecer seus vinhos no Brasil

Bodegas Casarena e Vistalba chegam ao mercado brasileiro trazidas por duas das principais importadoras do país e são apostas para cativar público

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2024, 20h47

Seja pela proximidade geográfica, pela relação custo-benefício ou simplesmente pelo grande momento que vive a produção vitivinícola no país, os rótulos argentinos têm conquistado espaço crescente no mercado brasileiro. Segundo dados da consultoria Nielsen, o volume de garrafas importadas da Argentina ao Brasil cresceu 16,9% e 17% em valor. Nesse cenário, grandes importadoras do país estão buscando novas vinícolas com potencial de expansão por aqui. E é assim que a Casarena e a Vistalba passam a ter seus rótulos oficialmente oferecidos por aqui.

A Casarena é a principal aposta da Winebrands para cativar o público em busca de rótulos argentinos de custo-benefício extremamente competitivo. Embora já tenha sido importada anos atrás, de forma tímida, agora é oficialmente apresentada ao Brasil. É um projeto recente que surgiu a partir do interesse de um casal americano, Karen e Peter Darling, por Mendoza. Em 2005, visitaram a região e ficaram encantados. Voltaram dois anos depois e compraram uma propriedade de 1937, totalmente reformada. Hoje, a Casarena tem quatro vinhedos distintos, três em Agrelo, na região de Luján de Cuyo, e um em Perdriel, também em Luján de Cuyo.

Os rótulos são assinados pelo enólogo Agustín Alcoleas e começam na linha 505, mais simples, sem passagem por madeira e com maior expressão da fruta. Há brancos, tintos e rosés, vendidos na faixa dos R$ 99 para os consumidores finais. A linha Estate, posicionada acima (por R$ 129), tem vinificação similar, mas os vinhos são mais concentrados e de maior intensidade. Há a linha Appelation (R$ 159), em que as uvas vêm de uma única região, como Agrelo, por exemplo, a Synergy (R$ 249), cujos vinhos vêm de uma única finca, mas é feito um blend de variedades, e, por fim, a topo de game, Single Vineyard (R$ 419), em que as uvas vêm exclusivamente de um dos quatro vinhedos: Owen, Lauren, Jamilla e Naoki (este último o mais recente, plantado em 2010).

A estratégia da Winebrands é, mais uma vez, se fortalecer no mercado brasileiro. Embora tenha uma longa história e seja peça importante do cenário há 16 anos, está passando por um momento de transição. O portfólio está sendo repensado, e ficará menos europeu. Serão cerca de 50 produtores de 12 países. Juntos, representarão cerca de 400 rótulos. Alguns terão um apelo de nicho, como os franceses e italianos, voltados para restaurantes. Outros, como a Casarena, vão cativar o consumidor final.

Tradição centenária
Já a Vistalba é a nova vinícola argentina do portfólio da Qualimpor, importadora conhecida principalmente por trazer os vinhos portugueses do Esporão ao Brasil. Por muito tempo, trabalhou com a Kaiken, mas desde sua saída ficou com uma lacuna no portfólio. Agora, os rótulos da Vistalba chegam para preencher o espaço.

Continua após a publicidade
Bodega Vistalba é o projeto pessoal de Carlos Pulenta fundada em 2003
Bodega Vistalba é o projeto pessoal de Carlos Pulenta fundada em 2003 (Vistalba/Reprodução)

A família Pulenta, responsável pela vinícola, chegou à Argentina nos anos 1900. Está há pouco mais de cem anos fazendo vinho. A Vistalba foi oficialmente fundada em 2003 como um projeto pessoal de Carlos Pulenta, representante da terceira geração. Segundo ele, houve um importante salto rumo à qualidade nos últimos anos. “É um processo que não termina nunca, mas que acontece em ritmo acelerado”, conta ele. A equipe de enologia é comandada por Fernando Colucci. E a filha de Carlos, Paula Pulenta, cuida da operação.

A Qualimpor está trazendo 18 rótulos da Vistalba, divididos em três linhas: de entrada, intermediária e premium. A uva Malbec, claro, é a grande estrela de rótulos como o Vistalba Gran Malbec. Mas há ótimas opções de vinhos brancos, como o Gran Tomero Semillon e o Autóctono Chardonnay. Na terminologia usada pela vinícola, Vistalba é usado apenas quando as uvas são da propriedade; Tomero faz referênca a uvas que não são de Vistalba, e Autóctono é o termo usado quando a equipe compra uvas de produtores parceiros para fazer o que Carlos Pulenta chama de “vinho de um lugar”. É o caso do Autóctono Malbec Gualtallary, de grande potência e frescor.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.