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Após estudo, australiana condenada por morte de filhos é perdoada

Kathleen Folbigg foi acusada de homicídio, mas pesquisas científicas sugerem que causa natural ligada a herança genética vitimou crianças

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2023, 12h34 - Publicado em 5 jun 2023, 12h23

Entre 1989 e 1999, a australiana Kathleen Folbigg perdeu quatro filhos durante os primeiros meses de vida. Nas primeiras três vezes as autoridades consideraram que as mortes se deram por causas naturais, mas quando o quarto filho morreu, a polícia passou a suspeitar da mãe que, em 2003, ela foi condenada a 40 anos de prisão. Agora, a publicação de um estudo científico fez com que ela fosse considerada inocente pelas autoridades. 

Em 2021, um artigo publicado na revista científica Cosmos, agora EP Europace, sugeriu que as mortes, de fato, foram naturais. Isso levou a criação de uma petição pela liberação da mulher que foi assinada por pelo menos 90 pesquisadores. “O fator principal é que a ciência se alterou neste caso, através de novos conhecimentos”, explicou, na época, Ian Connellan, então editor da revista. 

As autoridades ordenaram a reavaliação do caso, mas antes mesmo da condução normal dos protocolos, a governadora-geral de Nova Gales do Sul, Margaret Beazley, concedeu perdão incondicional a mulher e ela foi liberada, aos 55 anos, após cumprir metade da pena. 

A causa da morte seria uma mutação genética carregada por pelo menos duas das filhas que aumentava consideravelmente a probabilidade de acidente cardíaco súbito. A investigação realizada por uma equipe internacional de pesquisadores ainda apontou que as crianças carregavam variantes raras de um gene que, em laboratório, provoca a morte de animais por ataques epiléticos. 

Segundo o procurador geral do estado de Nova Gales do Sul, o juiz que conduziu este segundo inquérito, Tom Bathurst, concluiu que “existem dúvidas razoáveis quanto à culpa de Kathleen Folbigg por cada um desses crimes”, o que fundamentou a decisão da governadora-geral. Ainda que a liberdade já tenha sido concedida, o relatório final poderá fazer com que o tribunal anule a condenação da mulher. 

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