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Por Duda Monteiro de Barros
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Wesley Safadão ignora Direito da criança e exibe filha em música sensual

Especialista explica como atitude do cantor pode violar Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

Por Duda Monteiro de Barros
Atualizado em 25 jul 2022, 18h11 - Publicado em 26 jul 2022, 09h00

Wesley Safadão, 33 anos, se envolveu em mais uma polêmica. O cantor, que está na reta final para o lançamento de mais um hit, tem divulgado vídeos para atiçar a curiosidade de seu público no Instagram. Chamada “Macetando”, a canção conta uma história genérica de um baile com clima de flerte. “Chama as amiguinhas que o baile vai ferver, só quem é gostosa levanta a mão aê”, dizem os versos. O refrão é ainda mais picante: “vai sentando, novinha, sentando”. Até aí nada de novo sob o sol. O problema mora na estratégia de marketing do artista.

Em um vídeo publicado em seu perfil na última semana, Safadão aparece fazendo a coreografia da música com a filha de oito anos. Os passos, como é de se imaginar, fazem referências a relações sexuais. A publicação não repercutiu bem. Internautas ficaram incomodados com a exposição da menina. “O que acha disso? Deixar suas filhas cantarem e dançarem à vontade?”, indaga um seguidor nos comentários da postagem.

Segundo Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, a situação o caso é realmente envolvido por problemáticas. “A exposição da imagem de crianças, de forma geral, pode violar o direito da criança à preservação da sua imagem. Como também se trata de uma produção musical, portanto, um produto comercial, é possível falar em uma exploração econômica da imagem da criança, violando-se os artigos 4º e 5º do ECA”, afirma.

E a questão é muito mais profunda. “No Brasil, quatro meninas de até 13 anos são estupradas por hora. O termo mais pesquisado nos sites de pornografia é ‘novinha’. Sendo assim, importante ressaltar que a naturalização da violência sexual contra crianças e adolescentes advém também de uma cultura marcada por uma aceitação da erotização precoce. É urgente abolirmos termos como ‘novinha’ e ‘bebê’ de nosso vocabulário quando nos referimos a conteúdos sexuais, inclusive como forma de prevenção ao abuso e à exploração sexual infantil”, completa a especialista.

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