(Tradução de Alexandre Martins; Record; 602 páginas; 104,90 reais) Travada entre 1853 e 1856, a Guerra da Crimeia marcou uma transição nos conflitos armados: embora com um pé nas batalhas de cavalaria, lançou expedientes militares modernos — como o uso de trincheiras, mais tarde consagrado na I Guerra (1914-1918). Autor do monumental Uma História Cultural da Rússia, o inglês Orlando Figes esbanja conhecimento sobre a pátria dos czares ao contar os lances de uma guerra que mudou o mapa europeu do século XIX. Com estopim religioso — o desejo da Rússia de ampliar os domínios do cristianismo ortodoxo —, a guerra teve escala continental, deixou 750 000 mortos e expôs — mais uma vez — os perigos do fanatismo.