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Yasmin Brunet: de ‘rica mimada’ a símbolo feminista da semana

Sem nem imaginar, modelo foi inserida numa discussão sobre liberdade do corpo feminino

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 16h54 - Publicado em 15 jan 2024, 07h01
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  • No final de semana viralizou na internet um vídeo em que o cantor Rodriguinho, 45 anos, faz um comentário machista sobre o corpo de Yasmin Brunet, 35: “Ela já foi melhor, ela está mais velha hoje, mas é bonita ainda (…) Assim, você percebe que ela está mais velha. Ela largou a mão aqui. Hoje ela comeu dois pacotes de bolacha com requeijão”. Foi o suficiente para que se abrisse uma discussão acalorada nas redes sociais a respeito do julgamento sobre o corpo feminino. Além do etarismo (preconceito contra uma determinada faixa etária), Rodriguinho escancarou em um reality show da TV Globo, seu machismo, ao fazer um julgamento sobre o corpo da colega participante.

    Sobrou até para a mãe de Yasmin, a ex-modelo e rainha de bateria Luiza Brunet, hoje ativista pelo combate ao feminicídio.  Ao questionar a fala do cantor, Luiza provocou: “Como será que é a mulher dele?”. Bruna Amaral, casada com Rodriguinho, não perdeu tempo e lhe respondeu: “Muito prazer, Luiza Brunet. Eu sou a mulher do Rodriguinho. É sério mesmo que para atingir o meu marido você precisa me ofender? Que feio uma mulher diminuindo a outra. Uma pena vindo de uma mulher que se diz ativista e palestrante! Rodrigo não é perfeito e nenhum ser humano é, todos nós erramos. E conhecendo ele como conheço, quando ele sair vai aprender com tudo o que errou. Não ataque uma pessoa pelo erro de outra. Melhore”.

    Há uma semana, Yasmin estava na berlinda, quase saindo do programa, quando muitos a chamaram de “mimada” e “rica”, sem precisar permanecer na briga pelo prêmio milionário. Agora, essa discussão sobre seu corpo a alçou ao patamar de “símbolo feminista da semana” – já que a luta da liberdade sobre o próprio corpo gera exemplos a todo instante nas mídias. Como modelo, mas antes de tudo como mulher, Yasmin sabe o quanto outras tantas de diferentes gerações precisam lidar com o estigma de uma sociedade machista e etarista, que preza por um rígido padrão de beleza e manutenção de uma eterna juventude. E olha que Yasmin é branca e rica. Imagina se não fosse, o que mais teria que aguentar…

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